sábado, 2 de agosto de 2014

Médico que cuidou de Lula tem prisão decretada por homicídio. O médico Arthur Eugênio de Azevedo foi assassinado na noite do dia 12 de maio

INVESTIGAÇÃO

Lula (foto) se tratou com Cláudio Amaro Gomes em 2010, quando teve uma crise de hipertensão. Foto: Divulgação
Lula (foto) se tratou com Cláudio Amaro Gomes em 2010, quando teve uma crise de hipertensão. Foto: Divulgação
Os cinco envolvidos na morte do médico Arthur Eugênio Pereira de Azevedo, 35 anos, tiveram a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. Entre eles está o cirurgião torácico Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, que foi médico de Lula em 2010, quando o ex-presidente teve uma crise de hipertensão durante viagem ao Recife.

A juíza titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana da capital, acatou a denúncia do Ministério Público de Pernambuco. As investigações conduzidas pelo delegado Guilherme Caracciolo apontaram cinco réus no processo. Além do médico, também tiveram a prisão preventiva decretada o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Jr, 32 anos, filho do médico, Lyferson Barbosa da Silva, 26 anos, Jailson Duarte César, 29 anos, e Flávio Braz de Souza, 32 anos.
O médico Arthur Eugênio de Azevedo foi assassinado na noite do dia 12 de maio. Segundo a polícia, ele foi arrastado por dois homens na entrada do prédio onde morava, no bairro de Boa Viagem, na zona sul do Recife. O corpo dele só foi encontrado no dia seguinte, com marcas de tiro, às margens da rodovia BR-101, no município de Jaboatão dos Guararapes. O carro da vítima foi queimado e abandonado no bairro da Guabiraba, zona norte da capital pernambucana.

De acordo com a polícia, o crime teria sido motivado por desavenças profissionais. “A vítima era um arquivo ambulante das coisas erradas que o Cláudio Amaro tinha feito no decorrer da vida profissional. Eles dois tinham uma sociedade e trabalhavam juntos em alguns hospitais. A vítima verificou vários procedimentos irregulares e chegou a relatar para os amigos que estava rompendo a sociedade”, explica Caraciolo.

“Duas semanas antes da morte, uma testemunha se encontrou com a vítima que disse que estava sendo perseguida por Cláudio Amaro no Hospital das Clínicas e que pensava em processá-lo por assédio moral. Arthur Eugênio era um médico excepcional, com doutorado em cirurgia torácica e obtinha notas consideradas insuficientes quando era avaliado por Cláudio Amaro. Ele foi reprovado no estágio probatório por causa disso”, informou Caraciolo.

Ainda segundo a polícia, Cláudio Amaro recebia um percentual do valor pago pelos convênios se o paciente precisasse de internação na UTI. Arthur era contra esse procedimento.

Os cinco homens envolvidos no crime foram indiciados por homicídio, sequestro, roubo, associação criminosa, estelionato e comunicação falsa de crime. Para a polícia, o médico Cláudio Amaro e o filho seriam os mandantes do assassinato. Jailson Duarte teria apresentado o mandante aos executores Lyferson Barbosa e Flávio Braz de Souza. Dos cinco, apenas Flávio Braz ainda não foi capturado.

Quem tiver informações sobre o caso pode telefonar para (81) 3421-9595, na Região Metropolitana do Recife ou (81) 3719-4545, no interior do Estado. Também é possível repassar informações através do site:www.disquedenunciape.com.br.

Fonte: Terra

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