CASO MARIA LUÍZA
Maria Luiza, de 15 anos, foi assassinada em 2009
(Foto: Arquivo da família)
(Foto: Arquivo da família)
Thiago e Kleisson foram denunciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, roubo qualificado, estupro, vilipêndio (maltrato de cadáver) e ocultação do corpo. Caso sejam condenados às penas máximas, eles poderão ser sentenciados a mais de 60 anos de prisão.
O promotor Augusto Flávio de Azevedo, que representa o Ministério Público do Rio Grande do Norte no caso, se disse tranquilo em relação ao julgamento. "O processo é vasto e possui muitas provas, desde interceptações telefônicas a depoimentos de testemunhas que nos levam à autoria do crime. É um conjunto que nos deixa tranquilo", disse o promotor, que afirmou não ver motivo para o adiamento do júri.
Quanto ao crime, Augusto Flávio Azevedo conta que o assassinato de Maria Luiza teve uma "combinação de desejo e estímulo de droga". "Há um desejo reprimido pela moça da parte de um dos acusados, o Thiago, e um flagrante do envolvimento de ambos os acusados com drogas. Os dois andavam juntos. Era um dia esquisito e chuvoso quando a menina foi pega a força e colocada em um carro. Ela sofreu diversos abusos, foi morta e o corpo foi desovado", acrescenta.
Maria Luiza saiu de casa no dia 21 de abril de 2009, feriado de Tiradentes, para se encontrar com o namorado em uma lan house. Ela não chegou ao destino. Seis dias depois, o corpo da adolescente foi encontrado nu já em avançado estado de decomposição. A perícia constatou que a adolescente foi estuprada e estrangulada. O corpo de Maria Luiza estava em um lixão no bairro de Felipe Camarão, Zona Oeste de Natal.
Thiago Felipe Rodrigues Pereira e Kleisson foram sentenciados a sentarem no banco dos réus em 19 de dezembro do ano passado. A sentença de pronúncia foi do juiz Ricardo Procópio Bandeira de Melo, titular da 3ª Vara Criminal de Natal.
Marcus Alânio representa o acusado Thiago no caso
da morte de Maria Luiza (Foto: Felipe Gibson/G1)
da morte de Maria Luiza (Foto: Felipe Gibson/G1)
O advogado Marcus Alânio Martins Vaz, que defende Thiago Cabeção, entrou com um pedido de desaforamento para mudar o local do julgamento de Natal para Mossoró ou Pau dos Ferros, cidades da região Oeste. A defesa alega que a família da vítima criou um clamor nas redes sociais, convocando pessoas para comparecerem ao júri, o que pode interferir na avaliação dos jurados.
Enquanto isso, o advogado Arsênio Pimentel, que defende Negão, informou que vai pedir o adiamento do julgamento. O motivo, segundo Pimentel, é que uma testemunha que incriminou seu cliente não foi localizada pela Justiça. A defesa afirmou que a testemunha aparece no processo incriminando Negão, mas foi dispensada pelo Ministério Público. A defesa aguarda parecer da Justiça sobre a presença da testemunha.
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