ROTINA
O primeiro mês do novo Governo do RN vai chegando ao fim, mas os
problemas da segurança pública – deixados pelos antecessores – continuam
os mesmos. Um deles corresponde aos assaltos aos Correios,
principalmente nas cidades do interior do Estado. Nesses primeiros 31
dias de 2015, quatro agências foram alvos de criminosos.
O primeiro caso aconteceu em João Câmara, no dia 2 de janeiro. Dois
homens entraram na agência ficaram na fila normalmente, como se fossem
usuários normais. Depois que deram um tempo, surpreenderam os
funcionários e anunciaram o assalto. Testemunhas relataram que em nenhum
momento os bandidos pediram o dinheiro de ninguém e falaram que queriam
apenas os valores do caixa. No dia 13, em Itaú, um homem entrou na
agência, rendeu os funcionários e saiu levanto todo o dinheiro dos
caixas.
Em Sítio Novo, a ação aconteceu no dia 29. Os bandidos anunciaram o
assalto, e pediram aos agentes dos Correios que se mantivessem calmos,
que ninguém sairia machucado. Enquanto um ficou de vigia na porta do
local, o outro foi ao caixa e pegou todo o valor. Os assaltantes não
levaram nada dos clientes. O último caso ocorreu no dia 30, em Paraú.
Dois homens armados chegaram, renderam o vigilante e fizeram o “rapa”
agência. Eles fugiram levando, além do dinheiro, a arma e o colete do
segurança.
Um funcionário dos Correios, que já foi vítima de um assalto dentro
da agência, mas não quis se identificar, afirmou que a situação é
traumatizante para os funcionários. “A situação nas agências do interior
é muito preocupante. Não é fácil para os funcionários ficarem com uma
arma apontada para a cabeça. Mas nós temos que continuar trabalhando,
pois precisamos sustentar nossas famílias. Só que é preciso fazer alguma
coisa. Não temos mais como continuar trabalhando dessa maneira. Sempre
que alguém entra na agência nós ficamos com medo”.
Em entrevista recente para o Jornal de Hoje, o presidente do
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do RN, José Firmino, o Shampoo,
disse que casos de funcionários que ficam com trauma são constantes.
“Nós temos um companheiro, por exemplo, que trabalhava no interior, mas
foi assaltado 8 vezes quando estava trabalhando e por isso foi
transferido para Natal, pois ele não conseguia mais trabalhar de tanto
medo que sentia. Ainda temos vários outros que toda a semana são
atendidos por psicólogos, pois também já foram assaltados. É algo
alarmante. Por isso que nós estamos agindo. A segurança tem que ser uma
coisa prioritária para os Correios”.
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