segunda-feira, 2 de março de 2015

Associação de Promotores defende legalidade de gravações da Sinal Fechado. Para AMPERN, Supremo Tribunal já tem jurisprudência garantindo legalidade desse tipo de prova

APOIO TOTAL

TRU56U54
Ciro Marques
Repórter de Política

A Associação dos Promotores do Rio Grande do Norte (Ampern) divulgou nota na manhã deste sábado para, assim como o Movimento de Combate a Corrupção (MARCCO), declarar apoio as investigações e ações denunciadas pelo Ministério Público do RN e pela Procuradoria-geral Justiça (PGJ) referentes a Operação Sinal Fechado. Para a Ampern, inclusive, não há dúvidas da legalidade das gravações feitas pelo réu George Olímpio e anexadas aos processos como elemento de prova contra os envolvidos – entre eles, o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, do PMDB, e a ex-governadora e atual vice-prefeita, Wilma de Faria (PSB).

“A Ampern esclarece, a respeito dos áudios entregues pelo réu colaborador ao MPRN no âmbito da referida investigação, que é pacífico na jurisprudência do STF que a gravação ambiental feita por um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro, pode ser livremente utilizada como prova em processo judicial”, afirmou a associação em nota divulgada pelo presidente do órgão, o promotor Eudo Leite.

A legalidade das gravações tem sido questionada pelos advogados de alguns réus porque elas teriam sido feitas sem a autorização judicial. Contudo, assim como a Ampern, o próprio procurador-geral de justiça, Rinaldo Reis, já havia ressaltado que não haveria a necessidade dessa autorização, uma vez que se trata de gravação feita por um dos participantes da conversa e não por meio de escutas escondidas ou telefônicas.

Além disso, a Ampern também defendeu a legitimidade do Ministério Público para realizar as investigações e negou qualquer possibilidade de interferência política motivadora para esse trabalho. “A Ampern vem a público manifestar o seu irrestrito apoio e solidariedade aos membros do MPRN, em razão de recentes notícias envolvendo a operação Sinal Fechado, em que se revelam acusações de utilização de provas ilícitas, “malícia” na condução da investigação e utilização política da atuação do MPRN”, ressaltou Eudo Leite.

“O MPRN é instituição que goza de autonomia e independência e que, a serviço exclusivamente da sociedade potiguar, tem conduzido inúmeras investigações, seja no que se refere ao combate à corrupção, seja nas mais diversas searas da criminalidade, de maneira firme, corajosa e responsável, visando unicamente atender ao interesse público e ao efetivo cumprimento da lei”, acrescentou a Ampern.

“O MPRN, ao longo de sua trajetória, destacado-se por uma atuação transparente e respeitosa, jamais fazendo distinção entre investigados, razão porque são injustas quaisquer ilações quanto à eventual “malícia” e utilização política da referida investigação, o que, em verdade, representa uma clara tentativa de desqualificar a atuação isenta do MPRN, o que, ademais, é inaceitável no Estado Democrático de Direito”, ressaltou a nota.

“A AMPERN, enfim, reitera o seu integral apoio ao Procurador-Geral de Justiça, Rinaldo Reis, e aos Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Natal, manifestando a sua total confiança de que a atuação dos mesmos está unicamente comprometida com o descortinamento da verdade sobre os fatos investigados, o que é do total interesse da sociedade potiguar”, finalizou o promotor Eudo Leite, presidente da Ampern.

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