quarta-feira, 24 de junho de 2015

PM reage a assalto e atira em rosto de bandido em Areia Preta

ASSALTO

"O sentimento é de impotência. O crime é que está mandando". O desabafo é de um policial militar que foi vítima de uma tentativa de assalto na noite desta terça-feira (23) no bairro de Areia Preta, na zona Leste de Natal. De acordo com o PM, quatro criminosos o abordaram quando ele e família voltavam para casa, com o objetivo de matá-lo. O assassinato só não ocorreu porque o agente conseguiu reagir e balear um dos assaltantes.

Emanuel Amaral
PM estava com a mulher a as filhas dentro do carro quando foi abordado pelos criminosos; tiro partiu de dentro do veículoPM estava com a mulher a as filhas dentro do carro quando foi abordado pelos criminosos; tiro partiu de dentro do veículo

O PM conversou com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE na manhã desta quarta-feira (24) e contou como foi a ação, ocorrida na rua Pinto Martins. "Eu estava chegando em casa com minha mulher e minhas duas filhas, de 2 e 3 anos, por volta das 23h40. Os quatro criminosos chegaram, um deles armado com uma espingarda calibre 12 e os outros com armas de pequeno porte, e nos abordaram. Felizmente consegui pegar minha arma e atirar antes, atingindo um deles no rosto, o que fez com os demais fugissem", contou ele, que pediu para não ser identificado.

O carro do agente ficou com para-brisa quebrado devido aos tiros e passou por perícia na manhã desta quarta. Já o criminoso baleado foi socorrido para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e não corre risco de morte, devendo ser transferido para o Centro de Detenção Provisória de Pirangi, na zona Sul.

O policial militar afirmou que acredita que os criminosos sabiam que ele atua na PM. "Com certeza. Há três anos que minha rotina era essa, de chegar em casa no mesmo horário, além de atuar na área onde aconteceu a tentativa de assalto. Queriam me matar", disse ele, que está lotado no 1º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na zona Leste da capital potiguar. "O que consegui atingir já respondia por porte ilegal de arma. Os colegas do 1º Batalhão já tinham prendido ele em outra ocasião", lembrou.

Nenhum dos ocupantes do veículo ficou ferido, contudo, o policial militar explicou que ficou o sentimento de impotência. "É uma métrica muito grande. Por um lado, logo após o crime tive um alívio muito grande, pois estava com  minha mulher e minhas duas crianças e nenhuma delas ficou ferida. Por outro, fica esse sentimento (de impotência), porque você sabe que não pode fazer mais nada. Hoje é o crime que está mandando", declarou ele.

O PM lamentou ainda a atual situação da segurança pública do Rio Grande do Norte. "É complicado porque não adianta só a polícia prender. Esse que consegui acertar vai ser preso, mas logo vai estar nas ruas novamente. Os outros três fugiram e já devem estar cometendo crimes. A população fica sem ter o o que fazer", disse.

O caso deverá ser investigado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil, no bairro de Mãe Luíza, em Natal.

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