Ainda que o país esteja em recessão, o movimento de cargas no Porto
de Natal tem crescido durante este ano. Com relação a 2014 (de janeiro a
outubro), o aumento foi de 24,45%. As importações cresceram 32,9% e as
exportações, 8,9%. Para o final do ano, os percentuais podem crescer
ainda mais.
Cerca de 406 mil toneladas de produtos
já passaram pelo cais da capital potiguar neste ano. Em 2014, o número
foi um pouco inferior a 327 mil. No Terminal Salineiro de Areia Branca, o
incremento foi de 21,76%, tendo passado de 1,2 milhões para 1,4
milhões. No total, as movimentações portuárias no Rio Grande do Norte
cresceram em 22,33%, num salto que parte de 1.547.455 para 1.892.933.
Nesse
trânsito de mercadorias, 30% das exportações é de frutas. Em tempos de
seca, a fruticultura irrigada continua sendo alternativa, gerando lucros
aos produtores. O diretor técnico e comercial da Companhia Docas do Rio
Grande do Norte (Codern) Hanna Safieh, chama atenção para o melão, uma
das principais culturas exportadas.
Por essa
razão, a maior parte está em reefers, contâiners refrigerados. As cargas
incluem ainda tecidos, pescados e outros produtos diversos.
“Hoje
o melão é o carro-chefe. Estamos em plena safra. Dependendo do navio,
levamos 300 contêiners em média ou semana a 490 com destino à Europa,
Espanha, Portugal, França, Holanda e Grã-Bretanha”, conta.
Recentemente,
em 26 de outubro, um navio viajou levando para a Europa 412
contêineres, com frutas, pescados e produtos têxteis, recorde de volume
embarcado em apenas três dias.
De acordo com o relatório da
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), no segundo
trimestre de 2015, as principais mercadorias movimentadas em navegação
interna foram sementes, grãos e frutos (33,8%), minérios (18,2%) e
combustíveis (15,1%).
A movimentação de minérios superou a de combustíveis em torno de 400 mil toneladas.
Até
o mês de outubro, o volume de importações no Rio Grande do Norte
aumentou em 32,9%, com 235.547,06 toneladas. Em 2014 chegaram ao Porto
de Natal 177.230,95 toneladas, contrariando a máxima que discute a baixa
de importações quando o dólar está cotado a valores mais altos. Grande
parte das importações é do trigo. “Eles não vão diminuir porque precisa
abastecer a cidade a importação e até aumentaram”, diz Hanna Safieh.
O
gerente de importações do Porto de Natal e de infraestrutura da Codern,
Vinicius Cavalcante completa a informação lembrando que a empresa
importadora Moinho Potiguar ampliou sua capacidade e demanda de
produtos. “O aumento de trigo foi maior que as demais importações”,
observa.
Do volume de importações em 2015,
199.771 toneladas eram de trigo, enquanto no mesmo período do ano
anterior as cargas chegaram a somar aproximadamente 150 mil.
As
exportações por meio do Porto do Natal já cresceram em 8.9%, tendo
passado de 157.051,15 toneladas, em 2014, para 171.209,73, entre janeiro
e outubro de 2015.
Para os meses de novembro e
dezembro, a expectativa de movimentação é muito boa. “Novembro e
dezembro são os mais fortes em Natal, por causa dos embarques de frutas
para o Natal na Europa”, conta Hanna.
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