O
WhatsApp é um ótimo aplicativo para se comunicar com a família, amigos
e… participar de grupos com conteúdo erótico. Isso, você leu certo. A
modelo Rayssa Potel, de São Paulo, encontrou no programa uma forma de
divulgar um trabalho “sensual e artístico” livre das restrições de
outras redes sociais. Em um grupo fechado de 250 pessoas, ela cobra R$
10 por mês para enviar fotos eróticas e poesias. No mês, só com esse
grupo, ela fatura R$ 2,5 mil.
Rayssa conta que começou a compartilhar
diariamente suas fotos e poesias há seis anos. Geralmente em poses
seminuas, ela também envia aos fãs uma curta narrativa poética para
acompanhar a imagem. O grupo, segundo ela, foi criado por se sentir
“perseguida pela censura” no Facebook e Instagram, onde também divulga
seu trabalho. As duas redes sociais proíbem e bloqueiam material
pornográfico, embora tentativas de publicar algo nesse estilo sejam
comuns.
“Meu ‘start’ se deu realmente depois de
tanto ser bloqueada e ter material meu apagado sem violar coisa alguma,
sendo que há páginas e páginas de maus-tratos animais e violência
infantil e sexual e por aí vai, que são diariamente denunciados e nada
acontece. Qual o método que usam para discernir não sei. Mas um fã meu
respondeu que ‘animais mortos não causam inveja'”, filosofa.
A ideia de monetizar e segmentar seu
público via rede social veio, segundo ela, quando leu reportagens sobre
empresas start-up que seguem a tendência, além da história de uma mãe
que montou um grupo no Whastapp para falar sobre microcefalia. Para ter
acesso exclusivo ao conteúdo, o fã de “Rayska” desembolsa R$ 10 mensais,
pagos via depósito bancário. Em geral, a moça manda cerca de 3 fotos e
textos por dia — várias trazem seios à mostra e algumas, a genitália; em
outras, a moça aparece na janela ou sofá de casa em poses sensuais.
“O que começou como uma maneira de me
expressar virou meu campo profissional, no qual dedico boa parte do meu
dia estudando e escrevendo poesias. Sou modelo desde os 13 anos, porém
gostaria de dar um significado a mais nessa profissão que por muitas
vezes é vazia e egoísta”, conta.
Segundo a modelo, não há regras em seu
grupo fechado porque é como uma “irmandade”. “Só o respeito para com o
próximo já basta. Todos que entram são conscientes de que encontrarão
arte, além da sensualidade natural da poesia e que a imagem representa”.
UOL
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