segunda-feira, 2 de maio de 2016

De olho em 2018, ministeriáveis Serra e Meirelles devem lutar por espaço. Para os aliados de Temer, Serra e Meirelles podem ter a intenção de ocupar o posto de 'FHC de Itamar'

EM 2018 
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Em busca do apoio do PSDB, o vice-presidente Michel Temer prometeu não ser candidato à reeleição, mas dois prováveis ministros do seu futuro governo figuram na lista dos que têm pretensões de disputar a sucessão presidencial em 2018.

O tucano José Serra e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, tidos como futuros ministros das Relações Exteriores e da Fazenda, respectivamente, já manifestaram em ocasiões planos de chegar à Presidência.

O senador do PSDB já disputou uma eleição presidencial. Serra almejava ocupar a Fazenda num eventual governo Temer na estratégia de repetir a trajetória de Fernando Henrique Cardoso durante o governo Itamar Franco. FHC foi ministro da Fazenda do mineiro, lançou o Plano Real e se elegeu presidente.

Para os aliados do peemedebista, Serra e Meirelles podem ter a intenção de ocupar o posto de “FHC de Itamar”.

Temer não quis indicar Serra para Fazenda exatamente porque, no PSDB, líderes como Aécio Neves e Geraldo Alckmin não veriam a nomeação com bons olhos, porque o senador paulista poderia usar o cargo para tirar deles a candidatura a presidente pelo PSDB em 2018.

Em conversa com aliados, o vice-presidente reconheceu que, se nomeasse Serra para comandar sua equipe econômica, estaria comprando uma “guerra” com o PSDB.

Henrique Meirelles, do seu lado, não esconde de amigos seus planos de disputar a Presidência da República. Recebeu, porém, o pedido expresso de Temer de não usar o cargo para traçar um plano de apoio para uma eventual candidatura no futuro.

Diante da decisão de não nomear Serra para a Fazenda, Temer primeiro lhe ofereceu as pastas de Saúde e Educação. Só que ele resistiu às propostas e acabou sendo sondado para assumir o Itamaraty. O tucano manifestou a amigos que deve aceitar a proposta.

RELACIONAMENTO
Os dois possíveis ministros de Temer garantem que não têm problemas de relacionamento, mas já trocaram farpas. No ano passado, diante do rumor de que Meirelles poderia substituir o ex-ministro Joaquim Levy no comando da Fazenda, Serra chegou a dizer que ele havia sido o pior presidente do Banco Central que o Brasil já teve.

Temer, segundo amigos, não “morre de amores” por Meirelles e, inclusive, ficou bastante insatisfeito quando ele trocou o PMDB pelo PSD. Para ele, contudo, caso Meirelles tenha êxito na gestão do Ministério da Fazenda, Temer não se oporia em apoiá-lo à sua sucessão.

 Por: Folha de S.Paulo

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