quinta-feira, 5 de maio de 2016

Indonésia se prepara para execuções; 165 estariam no corredor da morte.País estava há um ano sem conduzir fuzilamentos, por pressão internacional

CORREDOR DA MORTE

Policiais indonésios guardam o portão da penitenciária de Wirogunan enquanto se preparam para a transferência da empregada doméstica filipina Mary Jane Veloso, condenada por tráfico de drogas, para o corredor da morte na prisão de Nusakambangan em Yogyakarta, onde também se encontra o brasileiro Rodrigo Gularte - 24/04/2015
Policiais indonésios no portão da penitenciária de Wirogunan enquanto se preparam para a transferência da empregada doméstica filipina Mary Jane Veloso, condenada por tráfico de drogas, para o corredor da morte - 24/04/2015(Ulet Ifansasti/Getty Images)

A Indonésia está preparando a execução de diversos prisioneiros, afirmou um oficial da polícia nesta quarta-feira. O país havia feito uma pausa de um ano em suas ações ligadas à pena de morte. As autoridades não informaram quantos prisioneiros serão fuzilados, nem se há estrangeiros entre eles.

No ano passado, os brasileiros Rodrigo Gularte e Marco Archer foram executados na Indonésia por tráfico de drogas, após as autoridades locais rejeitarem os pedidos de clemência do governo brasileiro, o que gerou uma crise diplomática entre os dois países. A nação asiática é conhecida por ter leis especialmente rígidas em relação ao consumo e ao tráfico de drogas.

O governo do presidente Joko Widodo prometeu retomar as execuções por pelotão de fuzilamento em uma prisão na ilha Nusakambangan, apesar das críticas de ativistas de direitos humanos e de líderes estrangeiros.

"Estamos em alerta desde o mês passado para preparar o local", disse o porta-voz da polícia de Java, Aloysius Lilik Darmanto, acrescentando que o pelotão de fuzilamento recebeu treinamentos e orientação.

De acordo com o jornal The Guardian, as autoridades não divulgam o número de pessoas sentenciadas à morte. Porém, de acordo com a Anistia Internacional, pelo menos 165 condenados estavam no corredor da morte no final de 2015, sendo mais de 40% por crimes ligados a drogas.

por:Veja/Com Reuters

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