O
Capitão Styvenson Valentim pode ser afastado das operações da Lei Seca
enquanto seu processo de responsabilidade for analisado. O caso se
refere aos polêmicos áudios divulgados nas redes sociais, onde o
policial militar critica a atuação da Polícia Civil do RN.
Na
tarde de hoje o Comando Geral da Polícia Militar do RN enviou a
Secretaria de Segurança o pedido de devolução de Stvyvenson para a PM. O
oficial está emprestado para o Detran RN, onde coordena as operações da
Lei Seca.
A
solicitação deve ser analisada pela secretaria e pelo Governador nos
próximos dias. Ainda não há previsão de quando deve ser emitida a
resposta do órgão ao pedido.
Caso
o afastamento seja aprovado, o Capitão Styvenson deve ficar afastado
das operações da Lei Seca por um período entre um e dois meses. O tempo
corresponde ao andamento do processo de responsabilidade que foi
publicado ontem. O resultado da ação deve sair em 30 dias, podendo ser
prorrogada por mais 30.
De
acordo com o Tenente Cristiano Couceiro, a solicitação foi feita para
preservar a imagem do oficial. "Atualmente o Capitão está emprestado
para o Detran, a frente das operações da Lei Seca. O comando pediu sua
devolução para preservar a imagem do militar e evitar que ele passe por
outras crises de imagem enquanto o caso é analisado", explica.
Entenda o caso
Na
última semana áudios em que o Capitão Styvenson critica a atuação da
Polícia Civil vazaram nas redes sociais. Na gravação de quase dois
minutos, o oficial orientava uma mulher sobre como proceder em um caso
de acidente de trânsito.
No
decorrer da conversa, o capitão fala, entre outras coisas que a Polícia
Civil do RN “ganha muito bem para não fazer nada. Delegado ganha R$ 23
mil para não fazer nada. Delegado acha que tem poder sobrenatural,
entendeu?”
O
Capitão Styvenson publicou uma nota em sua página no Facebook, onde
confirma a autenticidade dos áudios e reforça as críticas, mas pede
desculpas.
“Admito
toda minha intempestividade ao generalizar a minha insatisfação a todos
os policiais civis, mais específico aos delegados civis. Reconheço a
minha explosão emotiva por buscar um serviço público melhor, e por isso,
aos policiais civis que de fato trabalham e honram o cargo, minhas
sinceras desculpas por ter colocado os senhores nos rol dos funcionários
públicos preguiçosos, dos parasitas, e que todos sabem que
existem”declara o oficial.
O
capitão finaliza a nota afirmando que não retira uma vírgula do que
disse a respeito dos funcionários públicos que recebem o salário, mas
não trabalham por melhorias.
O
Sinpol/RN (Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança
Pública do) publicou uma nota em resposta aos áudios. O sindicato
declara repúdio às afirmações do policial.
A
nota afirma que “tal declaração é despropositada e, principalmente,
desrespeitosa para com uma categoria que tanto faz pela segurança
pública do Rio Grande do Norte”.
Ao longo do documento, o sindicato também acusa o policial de usar as redes sociais para sua autopromoção.
por:NovoJornal
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