sábado, 4 de junho de 2016

Após polêmica, PM quer tirar Styvenson da Lei Seca

LEI SECA
O Capitão Styvenson Valentim pode ser afastado das operações da Lei Seca enquanto seu processo de responsabilidade for analisado. O caso se refere aos polêmicos áudios divulgados nas redes sociais, onde o policial militar critica a atuação da Polícia Civil do RN. 

Na tarde de hoje o Comando Geral da Polícia Militar do RN enviou a Secretaria de Segurança o pedido de devolução de Stvyvenson para a PM. O oficial está emprestado para o Detran RN, onde coordena as operações da Lei Seca. 

A solicitação deve ser analisada pela secretaria e pelo Governador nos próximos dias. Ainda não há previsão de quando deve ser emitida a resposta do órgão ao pedido.

Caso o afastamento seja aprovado, o Capitão Styvenson deve ficar afastado das operações da Lei Seca por um período entre um e dois meses. O tempo corresponde ao andamento do processo de responsabilidade que foi publicado ontem. O resultado da ação deve sair em 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30.

De acordo com o Tenente Cristiano Couceiro, a solicitação foi feita para preservar a imagem do oficial. "Atualmente o Capitão está emprestado para o Detran, a frente das operações da Lei Seca. O comando pediu sua devolução para preservar a imagem do militar e evitar que ele passe por outras crises de imagem enquanto o caso é analisado", explica.

Entenda o caso
Na última semana áudios em que o Capitão Styvenson critica a atuação da Polícia Civil vazaram nas redes sociais. Na gravação de quase dois minutos, o oficial orientava uma mulher sobre como proceder em um caso de acidente de trânsito.

No decorrer da conversa, o capitão fala, entre outras coisas que a Polícia Civil do RN “ganha muito bem para não fazer nada. Delegado ganha R$ 23 mil para não fazer nada. Delegado acha que tem poder sobrenatural, entendeu?”

O Capitão Styvenson publicou uma nota em sua página no Facebook, onde confirma a autenticidade dos áudios e reforça as críticas, mas pede desculpas.

“Admito toda minha intempestividade ao generalizar a minha insatisfação a todos os policiais civis, mais específico aos delegados civis. Reconheço a minha explosão emotiva por buscar um serviço público melhor, e por isso, aos policiais civis que de fato trabalham e honram o cargo, minhas sinceras desculpas por ter colocado os senhores nos rol dos funcionários públicos preguiçosos, dos parasitas, e que todos sabem que existem”declara o oficial.

O capitão finaliza a nota afirmando que não retira uma vírgula do que disse a respeito dos funcionários públicos que recebem o salário, mas não trabalham por melhorias.

O Sinpol/RN (Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do) publicou uma nota em resposta aos áudios. O sindicato declara repúdio às afirmações do policial.

A nota afirma que “tal declaração é despropositada e, principalmente, desrespeitosa para com uma categoria que tanto faz pela segurança pública do Rio Grande do Norte”.

Ao longo do documento, o sindicato também acusa o policial de usar as redes sociais para sua autopromoção.

por:NovoJornal

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