domingo, 5 de junho de 2016

Corpo de menino de 10 anos morto em ação da polícia é enterrado em São Paulo.Corregedoria da Polícia Militar abriu inquérito para apurar o caso

MORTO PELA POLÍCIA

O corpo do O menino Italo, 10 anos, foi enterrado neste sábado no cemitério São Luiz, na região do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. Italo foi morto na quinta-feira, dia 2, em uma ação policial no bairro do Morumbi, depois de roubar um carro em um condomínio com a ajuda de um colega de 11 anos e fugir. Segundo informações da polícia, Italo não parou o veículo quando foi interceptado. Durante a perseguição, ele perdeu o controle e bateu o carro num caminhão e num ônibus. Os policiais que o seguiam afirmam que Italo, então, atirou. Os policias também atiraram e Ítalo morreu ao ser atingido na cabeça. O outro menino foi levado para a delegacia e entregue aos pais.

Enterro do menino Italo, morto em ação da PM, em São Paulo  (Foto: Pedro Kirilos/Agência O Globo)


Italo e seu colega tiveram três passagens pela polícia este ano por tentativa de roubo, mas nenhuma delas envolvia o porte de armas. Ele vivia há pouco tempo com a mãe, Cíntia Francelino. Italo morou boa parte da sua curta vida na casa de parentes, em abrigos públicos e até na rua, devido às passagens de seus pais pela cadeia. Seu pai está preso, condenado a 18 anos por tráfico e roubo; sua mãe tem seis passagens pelo sistema carcerário por roubo e furto. Amparada por parentes, Cíntia afirma que Italo nunca usou armas e que a polícia o assassinou e incriminou. "Eles atiraram no meu filho, depois esfregaram a arma na mão dele", diz.


O garoto que sobreviveu à ação deu duas versões sobre o caso. Na primeira, na madrugada de sexta-feira, ao lado da mãe, ele disse ao delegado que Italo atirou duas vezes nos policiais enquanto dirigia e uma vez depois de bater o carro. Na noite de sexta, o menino mudou o discurso: disse que Italo atirou três vezes, enquanto dirigia, e que não atirou após bater. A Corregedoria da Polícia Militar abriu inquérito para apurar o caso. 

por:Época

Nenhum comentário:

Postar um comentário