segunda-feira, 6 de junho de 2016

Obras do acesso norte ao aeroporto serão entregues no fim do ano

ACESSOS AO AEROPORTO
A obra do acesso Sul do Aeroporto Internacional Aluízio Alves deve ser liberada para tráfego no final do ano. A informação é do diretor do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), Jorge Ernesto Pinto Fraxe, acrescentando que, após esta fase, restará a construção de um viaduto para que a obra seja concluída integralmente.

De acordo com o diretor, faltam dois quilômetros de construções para que a pista chegue à ligação com a BR-304, dando acesso à cidade de Macaíba, ao interior do estado e ao Ceará. O acesso, que leva o nome de Entorno Sudoeste da Região Metropolitana, também vai permitir o caminho contrário para quem segue do centro de Natal ou dos municípios por onde passa a BR-101 Sul até o terminal aeroportuário.

Ainda segundo afirma Fraxe, o viaduto que será construído no encontro do acesso do aeroporto com a BR-304 vai permitir que os condutores sigam em direção ao centro da capital. Porém esta obra deve ser iniciada depois da conclusão das primeiras fases e liberação da pista para o tráfego nos trajetos que não necessitam dessa estrutura para receber o trânsito.

Além de ser uma opção de acesso ao aeroporto, a estrada, de acordo com Jorge Fraxe, será uma alternativa que vai dar mais mobilidades à região, desafogando o trânsito na Zona Norte de Natal e cidades circunvizinhas.

A nova via terá, em sua extensão, a terceira ponte sobre o Rio Potengi. Segundo Fraxe, a concretagem das vigas que ficam sobre os 18 pilares que basearão essa estrutura, em seus 140 metros, já teve início e o serviço segue bem, sem previsão de atrasos para a entrega no tempo previsto pelo DER. Para cada viga, são quatro caminhões betoneira de concreto para a realização deste processo, segundo Jorge Fraxe.

A intervenção total tem orçamento que supera os R$ 90 milhões e possui 18 quilômetros de extensão. “Essa obra é importantíssima, porque ela é uma autopista duplicada”, destaca Fraxe. “Estamos a dois quilômetros da Reta Tabajara”, reforça. O diretor do DER diz ainda que esta é uma das obras mais expressivas dos últimos 10 anos no Rio Grande do Norte. “ Fizemos em 6 meses, o DER com o governo Robinson, o que não foi feito em 12 anos nesse acesso do aeroporto aqui, no Norte e no Sul”, corrobora.

O governador Robinson Faria visitou recentemente a construção e comemorou os resultados que têm sido obtidos pela equipe do DER. Para o chefe do Executivo, o obra tem função que vai além da ligação da rodovia federal BR-304 como aeroporto internacional.

“Essa é uma obra fundamental, há muito sonhada. Não se trata de um simples acesso ao aeroporto. Nós temos aqui uma perimetral que será um entorno da Grande Natal, transformando-se num anel viário para aqueles que vierem do interior e poderão seguir para outros estados ao sul ou norte, sem que seja necessário entrar na cidade, através da BR- 304”, disse o governador. Robinson Faria elogiou também a fluidez da intervenção, destacando a importância do Entorno Sudoeste da Região Metropolitana para a melhoria do tráfego.

“A obra do acesso sul está bem adiantada. Com a operação de crédito que solicitamos ao Banco do Brasil, conseguiremos mais recursos para finalizar o projeto. O benefício social e econômico para a população será perceptível, já que o acesso ligará diretamente o RN a outros Estados”, disse.

De acordo com Jorge Fraxe, além do Entorno Sudoeste da Região Metropolitana, o Governo do Estado está preparando um projeto para a construção de mais uma ponte, esta sobre o Rio Jundiaí, em Macaíba. Ainda segundo o que informou o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens, a estrutura ficaria entre a BR-226 e a RN-160.

“Nós temos aqui a Newton Navarro, a ponte de Igapó e não temos mais nada. Para chegar na Newton Navarro, tem um problema, que é a Moema Tinoco no meio, que a Secretaria de Infraestrutura ainda não conseguiu terminar”, avalia. “Então eu fiquei olhando, percorri os trechos e aqui é o seguinte: para onde você roda é mangue. Então Macaíba me ofereceu um projeto para construir uma ponte sobre o rio Jundiai”, acrescenta. 

“Peguei o projeto executivo, fui parar no terreno, olhei, mas o Idema tem restrições porque tem mangue. Eu fui lá e fotografei e realmente tem caranguejo, tem mangue”, conta. Fraxe adianta que, no momento, o DER está preparando um projeto de modificação do projeto executivo inicial, pois a ponte danificaria o ecossistema com os aterramentos que seriam necessários para a sua construção.

“Tipo um elevado, não ponte, porque a ponte tem que ter uma altura mínima por conta da água. De modo que a gente não faça aterro nenhum sobre o mangue, preserve o mangue”, diz.

Paralelo a este projeto, o DER prepara outro, de reestruturação da RN-160, rodovia que vai receber a quarta ligação com a zona Norte.

“Estou terminando na semana que vem o projeto executivo de restauração da RN-160. Desde o gancho até aqui e daqui para cá. São 16km”, adianta.

“Assim você tem uma alternativa ao sair do aeroporto ou de São Gonçalo, de toda essa região ou da Zona Norte, pegando a RN-160 renovada, bonita, fugindo desse emaranhado do tráfego”, exemplifica Fraxe.

O diretor do DER Jorge Fraxe explica que a reestruturação dessas rodovias é necessária dada a estrutura com a qual elas foram feitas décadas atrás. “Para fazer uma estrada correta precisa de três camadas espessas e o que fizeram aqui é uma camada de piçarro e outra de asfalto”.

“A grossura de cada camada depende da contagem do tráfego, para saber quantas toneladas dias são exigidas na estrada. Você projeta isso para 20 anos e determina a estrutura da rodovia”, detalha Fraxe.

Ele disse ainda que, nas laterais, as rodovias precisam de espaço da faixa de domínio para fazer as drenagens.

“O que aconteceu nos últimos 50 anos no Rio Grande do Norte? Não tem estrutura. Botaram uma camadinha de piçarro e outra de asfalto, aí não tem salvação. O pessoal já invadiu a faixa de domínio. Tá aqui o exemplo, não tem estrada que dê certo assim, jogando a água servida toda na pista. Essa Água tem ácido reage com o asfalto, destrói o asfalto”, corrobora, mostrando uma fotografia que apresenta a situação ilustrada nas proximidades do Quilômetro 6.

Jorge Fraxe fez duras críticas à estruturação das rodovias, no entanto acrescentou que tem trabalhado de maneira diferente, seguindo o que manda a engenharia para obter bons resultados no final das construções. “Isso que tem aqui hoje não é estrada, é caminho asfaltado. Agora eu to construindo estrada”, enfatiza.

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