O prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) anunciou há pouco pelo Twitter que o concurso da Saúde será anulado. "Diante das irregularidades insanáveis confirmadas pela comissão do concurso público da saúde, determinamos a anulação do concurso...". E acrescentou: "Novo certame será realizado em data a ser definida. Nossa determinação é garantir a lisura do concurso. Não compactuamos com o erro".
O anúncio ocorre um dia após o Ministério Público Estadual (MPE)
instaurar inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no
concurso realizado para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No último
domingo, dia 19, foram registradas diversas falhas na distribuição de
provas e grande desorganização nos locais de prova.
A Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania solicitou
informações sobre o certame às secretarias municipal de saúde e de
administração (SEMAD), bem como para a empresa responsável pela
aplicação das provas, a CMK Serviços. Todos terão dez dias para
responder aos questionamentos do Ministério Público.
O inquérito civil está assinado pelas promotoras Moema de Andrade
Pinheiro e Maria Danielle Simões Veras Ribeiro. O MPE recebeu diversas
denúncias de irregularidades no concurso público. A promotoria de defesa
do consumido quer analisar as queixas e se posicionar oficialmente
sobre a continuidade ou anulação do concurso.
Foi solicitada da Secretaria Municipal de Administração uma lista
dos fiscais que trabalharam na aplicação das provas, assim como a
lotação em cada local de prova. Além disso, as promotoras querem cópias
das provas aplicadas para cada cargo previsto no edital, das folhas de
ocorrência registradas durante a aplicação do concurso, do contrato com a
empresa CKM Serviços e também do memorando da comissão formada para a
realização do Concurso sobre das irregularidades levantadas. O MPE deu
prazo de dez dias para o fornecimento das informações.
O Ministério Público também solicitou ao Sindicato dos Servidores
de Natal (Sinsenat) – que também ingressou com denúncias contra o
certame – a remessa de mídias digitais de reclamações colhidas no
WhatsApp e Facebook.
O concurso para a área de saúde previa 1.339 vagas. No entanto, na
data da realização das provas, no último dia 19, acabou cercado por
polêmicas durante e após sua realização. Algumas salas não tinham provas
suficientes para os concorrentes. O fato suscitou a reaplicação dos
exames para quem concorria às vagas para fisioterapia e médico
mastologista.
Além disso, candidatos utilizaram as redes sociais para denunciar
falta de fiscais em banheiro, falta de envelopes para guardarem os
telefones celulares, além do vazamento da imagem de uma prova nas redes
sociais. Também se investiga o caso de que alguns coordenadores do
concurso levaram as provas para casa um dia antes da aplicação.
por:NovoJornal
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