Ainda
não foi dessa vez que o prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) anunciou
quem vai ser o seu candidato a vice e a morosidade reside na tentativa
de conciliar o desejo dos pedetistas com o pré-acordo firmado com o
PMDB. Ontem (28), o prefeito se reuniu pela segunda vez nesta semana com
seus vereadores, depois de ter se encontrado no dia anterior com o
senador Garibaldi e Henrique Alves, líderes do PMDB, tendo prometido
decidir ainda ontem quem iria compor a chapa com ele.
A
indecisão tem gerado especulações que colocam em xeque se o vice será
mesmo um dos nomes indicados pelo PMDB (Hermano Morais ou Álvaro Dias),
que o pressiona por uma resposta. Na outra ponta, vereadores pedetistas
também fazem pressão para que o prefeito não se limite à "imposição" do
PMDB. "Não estamos questionando os nomes do PMDB, mas a condução do
processo. Nós reconhecemos os valores do PMDB, seus líderes e o poder de
votos, mas formalizamos um consenso de que se deve ouvir outros aliados
sobre os nomes que o PMDM apresenta. Ninguém está desmerecendo o PMDB,
mas o PMDB não pode chegar impondo", critica o líder da bancada
governista na Câmara Municipal de Natal, vereador Raniere Barbosa.
Na
segunda-feira passada, a bancada que até então dizia não estar
participando diretamente do processo reuniu-se com o prefeito e pediu
que analisasse outros nomes, entre eles o do empresário Marcelo Queiroz,
que é do PMDB e que inicialmente era contado para a disputa. Também
entrou na lista o nome do deputado Albert Dickson, do PROS, gerando
especulações de que o prefeito já o teria convidado sem, sequer,
comunicar ao PMDB que não aceitaria mais seus nomes.
O
suposto convite foi negado pela assessoria do prefeito, pela
presidência do PDT municipal e o vereador Raniere também nega. "Eu
estava presente na ocasião. Nunca houve esse convite. Apenas estamos
sugerindo que outros nomes também sejam analisados, inclusive de outras
legendas e Albert disse que, pelo PROS, o nome dele estava à disposição,
tendo o prefeito respondido que era mais um nome que poderia ser
analisado", explica o vereador.
O
presidente do diretório municipal do PDT, Jonny Costa, já havia negado
as especulações e disse que se tratava de uma tentativa midiática, junto
a um grupo político de oposição que não tem candidato, para desmontar o
diálogo entre o PDT e aliados, criando um clima de conflito. Ele também
afirmou ao NOVO que o vice virá do PMDB, mas que o nome ainda está
sendo estudado.
Nesse
fogo cruzado, Carlos Eduardo continua dialogando e mesmo tendo
prometido ao senador Garibaldi Filho e a Henrique Alves que daria a
resposta ainda ontem, decidiu reunir-se com seus vereadores para debater
um pouco mais. A discussão prossegue hoje e o prefeito deverá ouvir
também partidos aliados, inclusive, para discutir o arco de alianças que
deve envolver PR, PROS, PPS, DEM, PP, PTB, PSC e PRB. A indefinição na
proporcional está em lançar um chapão ou dividir o grupo em mais de uma
coligação, todas apoiando a majoritária.
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