“Pretendemos que até o fim de semana todos os edifícios estejam em ordem. Se eu for enumerar tudo que está bom e que ninguém falou, vocês não terão espaço”, disse Nuzman aos jornalistas. O presidente do Comitê Rio-2016 afirmou ainda que nas edições passadas também foram registrados problemas antes da abertura. “Ninguém começa organização de Jogos Olímpicos sem a necessidade de ajustes”, disse, acrescentando que é comum problemas em apartamentos ou casas novas ou que passaram por reformas. “Todos nós moramos em apartamentos; todos nós temos problemas em casa.”
Nuzman disse ainda que a organização está fazendo um detalhamento do que falta de ajuste e que todas as áreas estão sendo trabalhadas. Inclusive, minimizou o risco de problemas de abastecimento de energia. Nuzman afirmou que a Vila Olímpica tem 31 edifícios com 3.600 apartamentos entregues ao mesmo tempo. “É difícil que não tenha reparos a serem feitos”, completou.
Governo – O ministro Eliseu Padilha, mudou o tom de seu discurso e afirmou que o momento é de solidariedade. Segundo ele, o presidente em exercício, Michel Temer, mandou uma mensagem para a reunião deixando claro “que agora o que está em jogo é a imagem do Brasil”. Após as críticas da delegação australiana a Vila Olímpica, Padilha tinha dito que a responsabilidade das obras não era do governo federal. “Haverá solidariedade e responsabilidade, vamos estar juntos”, comentou o ministro. Ao ser questionado sobre a mudança de discurso, Padilha disse que “claro que tem (mudança no discurso), está mudando também o tempo”. “Se não solidarizar vai ficar alguma coisa descoberta.”
Padilha afirmou ainda que nesta penúltima reunião preparatória para os Jogos houve a convicção de que o Brasil terá 100% dos problemas resolvidos e haverá tempo de corrigir alguns reparos. Segundo ele, entretanto, o julgamento da imagem do Brasil só virá no fim dos Jogos. “A imagem do Brasil será julgada no fim dos Jogos. Nesta fase de reta de chegada dos preparativos encontram-se problemas que estão sendo resolvidos.” Questionado se as críticas eram injustas, Padilha disse que “justo ou injusto, vamos ver mais adiante no final das Olimpíadas”.
(Com Estadão Conteúdo)
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