“Bombas capazes de destruir bunker, mais adequado para instalações militares, agora estão destruindo casas, dizimando abrigos antiaéreos, incapacitando, mutilando e matando centenas de pessoas”, disse Matthew Rycroft, o embaixador do Reino Unido na ONU. “Bombas incendiárias de alcance indiscriminado estão sendo jogadas sobre áreas civis e, mais uma vez, Alepo está queimando. E para coroar tudo, o abastecimento de água, tão vital para milhões de pessoas, agora é alvo, privando os mais necessitados. Em suma, é difícil negar que a Rússia é parceria do regime sírio na prática de crimes de guerra”, completou.
Os Estados Unidos classificaram como “barbárie” e não “contraterrorismo” a ação da Rússia na Síria. A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power, disse que “em vez de procurar a paz, a Rússia e Assad fazem guerra. Em vez de tentar buscar socorro imediato aos civis, a Rússia e Assad bombardeiam comboios humanitários, hospitais e socorristas que estão desesperadamente tentando manter as pessoas vivas”.
O cessar-fogo acordado em 9 de setembro entre o secretário de Estado americano John Kerry e o ministro russo das Relações Exteriores Sergei Lavrov, cujo objetivo era colocar o processo de pacificação da Síria de volta aos trilhos, entrou em colapso na segunda-feira com o bombardeio de um comboio humanitário.
No entanto, a Rússia é um dos cinco países com poder de veto no Conselho, ao lado de EUA, França, Grã-Bretanha e China. A China e a Rússia têm protegido o governo do ditador sírio Bashar Assad ao bloquear diversas tentativas de ação do conselho. “É hora de apontar quem está por trás desses ataques aéreos e quem está matando civis. A Rússia tem um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, isso é um privilégio e uma responsabilidade. Assim, na Síria e em Alepo, a Rússia está abusando deste privilégio histórico”, disse Power.
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