quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Dois hospitais são bombardeados em Alepo, na Síria. Os ataques da última semana à cidade síria, após o fim do cessar-fogo, já deixaram mais de 400 mortos e centenas de feridos

GUERRA NA SÍRIA

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) confirmou nesta quarta-feira que dois hospitais do leste de Alepo, na Síria, foram bombardeados nas últimas horas. 

A organização informou que os ataques mataram pelo menos dois pacientes e feriram outros dois funcionários. Os ataques da última semana à cidade síria, após o fim do cessar-fogo, já deixaram mais de 400 mortos e centenas de feridos.

Segundo a MSF, que dava apoio aos dois hospitais, ambos registraram danos “severos” e foram obrigados a paralisar suas atividades, reduzindo de quatro para apenas dois o número de centros com serviços cirúrgicos que restam na parte oriental da cidade, região sob controle de grupos opositores.

“Segundo várias fontes médicas, só ficam sete cirurgiões na zona, atendendo a uma população estimada de 250 mil pessoas”, afirmou em comunicado o chefe da missão da MSF para a Síria, Carlos Francisco.

Os bombardeios ocorreram horas antes de uma reunião do Conselho de Segurança sobre a proliferação de ataques contra instalações e pessoal humanitário. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, denunciou que os que estão desenvolvendo essas ações na Síria “sabem exatamente o que estão fazendo” e são conscientes de que “estão cometendo crimes de guerra”.

Na sessão discursou, entre outros, a presidente da MSF, Joanne Liu, que denunciou o “incessante ataque sobre Alepo por parte de forças russas e sírias durante os últimos dias”.

O leste da cidade, em mãos dos rebeldes, é alvo desde quinta-feira passada de uma nova ofensiva do regime sírio, respaldada pelo Exército russo, o que disparou as tensões entre Rússia e EUA, que neste mês tinham negociado um cessar-fogo na Síria.

Hoje, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, ameaçou seu colega russo, Sergei Lavrov, com a suspensão da cooperação bilateral no relativo à Síria a não ser que a Rússia atue “imediatamente” para acabar com essa ofensiva e restaurar a cessação de hostilidades.

(Com EFE)

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