GUERRA NA SÍRIA
Forças do governo da Síria e seus aliados atacaram a região de Alepo
dominada pela oposição em várias frentes nesta terça-feira, no maior
ataque terrestre de uma nova campanha militar que acabou com um
cessar-fogo apoiado pelos Estados Unidos.
Os EUA dizem que o ataque a Alepo prova que o ditador sírio, Bashar
Assad, e seus aliados russos e regionais abandonaram um processo de paz
internacional para perseguir a vitória no campo de batalha depois de
mais de cinco anos de guerra civil.
Washington, que neste mês acertou com a Rússia o cessar-fogo que
durou apenas uma semana, afirma que Moscou e Damasco são culpados de
“barbárie” e crimes de guerra por alvejar civis, agentes de saúde e
remessas de ajuda humanitária com seus ataques aéreos.
Acredita-se que mais de 250.000 civis continuam retidos no setor
opositor de Alepo, onde bombardeios intensos realizados ao longo da
última semana mataram centenas de pessoas, muitas delas presas sob
edifícios destruídos por bombas.
Apenas 30 médicos continuam na área, cuidando de centenas de feridos
que estão sendo tratados no chão de hospitais e com a falta de
suprimentos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu “o
estabelecimento imediato de rotas humanitárias para retirar os doentes e
os feridos” do leste sitiado da cidade.
No ataque desta terça-feira, forças pró-governo, que incluem o
Exército sírio e milícias aliadas de Irã, Iraque e Líbano, tentaram
atacar a Cidade Velha de Alepo, próxima de sua cidadela histórica, e os
arredores de vários dos principais pontos de acesso da localidade.
(com Reuters)
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