quarta-feira, 28 de setembro de 2016

‘Barbárie’: Governo da Síria lança ataque terrestre contra Alepo. EUA acusam Bashar Assad e seus aliados russos e regionais de abandonarem um processo de paz internacional para perseguir a vitória no campo de batalha

GUERRA NA SÍRIA
 Aleppo, na Síria
 Equipe de resgate buscam sobreviventes no local de um bombardeio no bairro de Al-Shaar em Alepo, na Síria - 27-09-2016
Forças do governo da Síria e seus aliados atacaram a região de Alepo dominada pela oposição em várias frentes nesta terça-feira, no maior ataque terrestre de uma nova campanha militar que acabou com um cessar-fogo apoiado pelos Estados Unidos.

Os EUA dizem que o ataque a Alepo prova que o ditador sírio, Bashar Assad, e seus aliados russos e regionais abandonaram um processo de paz internacional para perseguir a vitória no campo de batalha depois de mais de cinco anos de guerra civil.

Washington, que neste mês acertou com a Rússia o cessar-fogo que durou apenas uma semana, afirma que Moscou e Damasco são culpados de “barbárie” e crimes de guerra por alvejar civis, agentes de saúde e remessas de ajuda humanitária com seus ataques aéreos.

Acredita-se que mais de 250.000 civis continuam retidos no setor opositor de Alepo, onde bombardeios intensos realizados ao longo da última semana mataram centenas de pessoas, muitas delas presas sob edifícios destruídos por bombas.

Apenas 30 médicos continuam na área, cuidando de centenas de feridos que estão sendo tratados no chão de hospitais e com a falta de suprimentos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu “o estabelecimento imediato de rotas humanitárias para retirar os doentes e os feridos” do leste sitiado da cidade.

No ataque desta terça-feira, forças pró-governo, que incluem o Exército sírio e milícias aliadas de Irã, Iraque e Líbano, tentaram atacar a Cidade Velha de Alepo, próxima de sua cidadela histórica, e os arredores de vários dos principais pontos de acesso da localidade.

(com Reuters)

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