O empresário chegou a ser preso durante as investigações do assassinato e foi pronunciado a júri popular em 2010. O processo, no entanto, saiu dos escaninhos da 1ª Vara da Comarca de Itapecerica da Serra (SP) e foi remetido a Brasília por uma série de recursos da defesa de Sombra. Ele sempre negou envolvimento no homicídio.
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal anulou de vez parte da instrução processual e determinou que a ação retornasse à fase de interrogatórios, além de conceder a Sombra o direito de responder em liberdade. O advogado Roberto Podval alegou no habeas corpus cerceamento de defesa, porque não pôde fazer perguntas aos corréus durante os depoimentos à Justiça de São Paulo.
Podval tentou anular também o processo para os executores do crime. Mas como a ação penal contra Sombra corria em separado, só ele se beneficiou da regressão do caso. Os comparsas, defendidos por criminalistas menos badalados e defensores públicos, tiveram destino diferente: seis integrantes da quadrilha da Favela Pantanal foram condenados e continuam presos. São eles Itamar Messias da Silva Santos, Ivan Rodrigues da Silva, José Edison da Silva, Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, Elcyd Oliveira Brito e Marcos Roberto Bispo dos Santos.
Sombra foi sócio de Ronan Maria Pinto, o dono do jornal Diário do Grande ABC e empresário dos ramos de transporte público preso na 27ª fase da Operação Lava Jato, a Carbono 14. Segundo a Justiça paulista, eles também se associaram em outra empreitada: o esquema de corrupção e achaque de empresários de ônibus desvendado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na gestão Celso Daniel. Ambos foram condenados no ano passado pela 1ª Vara Criminal de Santo André, ao lado do comparsa Klinger Luiz de Oliveira Souza, ex-secretário de Serviços na administração de Celso Daniel. Sombra e Klinger pegaram 15 anos, 6 meses e 19 dias de prisão; Ronan, 10 anos, 4 meses e 12 dias. Ele recorria em liberdade, assim como os demais.
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