sábado, 3 de dezembro de 2016

Mães de jogadores de rúgbi mortos nos Andes enviam carta à Chapecoense

SOLIDARIEDADE

Acidente com avião deixou jogadores de rúgbi mais de 70 dias presos na cordilheira
Acidente com avião deixou jogadores de rúgbi mais de 70 dias presos na cordilheira

As mães dos jogadores uruguaios de rúgbi – que sofreram um trágico acidente aéreo de 1972, quando o avião caiu na Cordilheira dos Andes e matou 29 pessoas – enviaram uma carta por meio das redes sociais para se solidarizar com os familiares dos atletas da Chapecoense, vítimas de um incidente parecido na última terça-feira.

“É difícil, em circunstâncias como estas, pensar além da dor, mas vocês têm toda a nossa solidariedade e empatia”, publicaram no Facebook as mães, que fazem parte da Biblioteca Nuestros Hijos, uma fundação que mantém viva as lembranças dos sobreviventes daquele acidente aéreo.

O desastre, conhecido como “A Tragédia dos Andes”, marcou a vida de 16 jogadores de uma equipe de rúgbi, que sobreviveram 72 dias na cordilheira depois do avião em que eles viajavam se chocar com uma montanha em 1972.

O avião da Força Aérea do Uruguai levava 45 pessoas a bordo e caiu no dia 13 de outubro depois de um erro do piloto, que errou a rota da aeronave e começou a descer antes do tempo.

Dois meses depois, três dos sobreviventes saíram por uma travessia nas montanhas para procurar ajuda. Depois de dez dias, e de percorrer 55 quilômetros, encontraram um tropeiro e conseguiram avisá-lo que vinham de um avião que tinha caído nas montanhas.

Os outros 13 sobreviventes foram resgatados entre 21 e 23 de dezembro. O grupo sobreviveu alimentando-se de parte dos corpos dos companheiros já mortos e com água da neve derretida.

Confira na íntegra a carta publicada pelas mães:

Quarenta e três anos atrás, mas na Cordilheira dos Andes, mães, pais e irmãos de um grupo de atletas uruguaios viviam uma angústia como a que estão experimentando os seres queridos dos falecidos no acidente do avião que levava a equipe de Chapecoense.

Como, agora, uns viveram e outros ficaram na memória para sempre.

É difícil, em circunstâncias como estas, pensar além da dor, mas você têm toda a nossa solidariedade e empatia.

As mães de aqueles que não voltaram dos Andes fundaram a Biblioteca Nossos Filhos sublimando sua dor, para servir a outros e manter viva a lembrança de seus filhos. Desde aí abrimos nossos corações para as famílias e amigos das vítimas de Chapecó, Brasil.

Com informações da Ansa

Nenhum comentário:

Postar um comentário