CONDENADA
A mulher condenada pela morte do ex-marido, o diretor-executivo da
Friboi Humberto de Campos Magalhães, foi presa nesta quinta-feira dentro
de casa, no município de Pontal do Araguaia, a 518 km de Cuiabá. A
empresária Giselma Carmem Campos Magalhães, de 52 anos, estava foragida
da Justiça e teve o mandado de prisão cumprido pelo crime pela Polícia
Civil de Mato Grosso e Polícia Militar de Goiás.
Magalhães foi assassinado em dezembro de 2008 e Giselma foi condenada a
22 anos e seis meses de prisão como a mandante do crime. O júri foi
realizado em setembro de 2013 em São Paulo. Mas, como já tinha ficado
presa por um ano, a pena foi fixada em 21 anos e um dia de detenção.
Na época da condenação, ela não ficou presa graças a uma decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu que a condenada ficasse em
liberdade enquanto o processo era julgado. A defesa dela tentou, mas
perdeu recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve a
sentença proferida. A juíza Giovanna Colares, da 5ª Vara do Júri do Foro
Central Criminal de São Paulo, então, determinou a prisão de Giselma.
A empresária foi presa e levada para a
Delegacia de Barra do Garças, município próximo de Pontal do Araguaia.
Ela deverá passar por exame de corpo de delito e depois será encaminhada
para o presídio feminino de Nova Xavantina, segundo a Polícia Civil.
A informação de que Giselma estaria em
Pontal do Araguaia foi recebida pela polícia por um irmão da vítima.
“Mas, por causa de uma lei que proíbe a prisão de eleitores até 48 horas
depois da eleiçao, tivemos que esperar”, disse o delegado Adriano
Alencar. Ela morava no município com o filho mais velho.
Conforme o Ministério Público, Giselma
começou a planejar a morte do ex-marido depois da separação do casal,
que ficou junto por aproximadamente 20 anos. Ela procurou o irmão, Kairo
Alves, que morava no Maranhão para planejar o crime. Ele já tinha
cumprido pena por tráfico de drogas.
Kairo foi a São Paulo e, segundo as
investigações, contratou dois pistoleiros no centro da cidade para
cometer o assassinato. Segundo a polícia, foi apurado que ela pagou aos
três R$ 30 mil pelo crime. O irmão e os dois pistoleiros também já foram
condenados pelo homicídio.
Emboscada
No dia do assassinato, um dos homens contratados por Kairo usou o
celular do filho mais novo de Humberto para atrair a vítima. O aparelho
foi entregue por Giselma. O pistoleiro ligou para o executivo dizendo
que o rapaz estava passando mal no meio da rua.
O pai do jovem saiu de casa e foi até o
local indicado pelo assassino, no bairro Vila Leopoldina, mas não
encontrou o filho. Quando voltava para o carro, um motoqueiro se
aproximou e atirou duas vezes contra o empresário, após rápida discussão
entre eles. Humberto morreu antes de receber socorro médico.
(JornaldoPaís)