CHUVAS
Segundo o governo, os municípios mais atingidos pelas chuvas são:
Atalaia, Jacuípe, União dos Palmares, Marechal Deodoro e Murici (Alisson
Frazão/Brazil Photo Press/Folhapress)
As fortes chuvas que atingiram os estados de Pernambuco e Alagoas nos últimos dias já causaram mortes, desabamentos e muito prejuízos.
O governo de Pernambuco decretou estado de calamidade em 13 municípios
da Zona da Mata Sul. Em Alagoas, o governador Renan Filho decretou
situação de emergência na capital, Maceió e no município de Marechal
Deodoro, na região Metropolitana. Em entrevista coletiva na tarde de
hoje, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), anunciou que o
presidente da República, Michel Temer, virá aos dois estados nas
próximas horas.
Em Pernambuco, a Defesa Civil confirmou a notificação duas mortes e um desaparecimento
no Agreste do estado. Os óbitos aconteceram no município de em Lagoa
dos Gatos. A notificação do desaparecimento de um jovem FOI em Caruaru.
Ainda segundo a Defesa Civil, cerca de 5 mil pessoas estão desalojadas
no estado. Nos últimos dois dias, segundo a Agência Pernambucana de
Águas e Clima, choveu 140 milímetros.
“As previsões apontam que as chuvas devem continuar com
intensidade nos municípios da Mata Sul. Duzentos homens já foram
enviados para dar suporte as equipes de defesa civil dos municípios.
Também já enviamos dois caminhões com alimentos e lonas”, relatou o
governador Paulo Câmara, que fará um sobrevoo nesta tarde nos principais
municípios atingidos.
Em 2010, quando houve uma grande enchente na região da Mata
Sul, o volume de chuvas acumulado em três dias foi de 180 milímetros.
Segundo o secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Marcio
Stefanni, o estado está monitorando todas as áreas e observando a
situação das escolas e dos hospitais da Mata Sul e do Agreste.
“Hoje, a infraestrutura da Mata Sul está melhor do que em
2010. A quantidade de água é muito grande, mas a barragem de Serro Azul
acumulou algo em torno de 15 milhões de metros cúbicos de ontem (sábado)
para hoje (domingo). Então, barragem está operacional e, se não fosse
ela, cenas seriam piores. Serro Azul está com apenas 10% da capacidade”,
ressaltou o secretário. De acordo com o secretário executivo da Defesa
Civil, Tenente Coronel Fabio Rosendo, as cidades em situação mais
crítica são Rio Formoso, Ribeirão, Água Preta, Palmares, Catende,
Maraial, São Benedito do Sul e Belém de Maria.
Em Alagoas, mais de mil famílias tiveram de deixar as suas
casas por causa das chuvas. Na capital, Maceió, há 212 famílias
desabrigadas e outras 650 desalojadas (tiveram de buscar abrigo em casa
de amigos ou parentes). A Defesa Civil do estado confirmou a ocorrência
de quatro mortes, provocadas por deslizamentos. Outras quatro pessoas
estão desaparecidas. O número de feridos já passa de 50. As chuvas
causaram deslizamentos de barreiras, elevação de rios e alagamentos na
capital e interior.
Há registros de desalojados na capital e em outras três
cidades da Grande Maceió: Marechal Deodoro (250 famílias desabrigadas),
Pilar (30 desabrigadas e 35 desalojadas), Atalaia (200 desalojadas). O
governador Renan Filho decretou situação de emergência em Maceió e
Marechal Deodoro, na região Metropolitana. As prefeituras dos municípios
de Pilar e Rio largo também decretaram emergência. Em Paulo Jacinto, o
prefeito decretou estado de alerta.
Segundo o governo, os municípios mais atingidos pelas chuvas
são: Atalaia, Jacuípe, União dos Palmares, Marechal Deodoro e Murici.
De acordo com a Sala de Alerta da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o nível dos Rios Paraíba e
Mundaú permanece elevado, embora tenha se estabilizado. A preocupação
maior é com o Mundaú, porque chove com intensidade nos municípios
pernambucanos de Correntes e Canhotinho, onde ficam as cabeceiras do
rio. Os especialistas também estão de olho nos níveis das lagoas Mundaú e
Manguaba, que mesmo com a diminuição das chuvas permanecem a acumular
água pelos próximos três dias, afetando diretamente os municípios de
Marechal Deodoro e Pilar.
(com Estadão Conteúdo)
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