LAVA JATO
Polícia Federal (Vagner Rosário/VEJA.com)
A Polícia Federal deflagra nesta sexta-feira a 41ª fase da Operação Lava Jato,
denominada Poço Seco. Foram cumpridos oito mandados de busca e
apreensão, um mandado de prisão preventiva, um mandado de prisão
temporária e três mandados de condução coercitiva nos estados do
Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo o site do jornal O Estado de S.Paulo,
Fernanda Luz, ligada ao lobista Jorge Luz, foi alvo de condução
coercitiva. Jorge e Bruno Luz, pai e filho, estão presos preventivamente
desde 25 de fevereiro – data da Operação Blackout, 38ª fase da Lava
Jato –, por corrupção e lavagem de dinheiro. No dia em que foram
detidos, o procurador Diogo Castor de Mattos apontou que tinham “fortes
conexões tanto com diretores corruptos da Petrobras quanto agentes
políticos (diretores da estatal e políticos) do partido PMDB“.
Naquele momento, Mattos afirmou que não poderia citar quais políticos
teriam relação com a família por se tratarem de pessoas como foro
privilegiado, que só podem ser investigadas pela Procuradoria-Geral da
República (PGR).
A ação policial tem como alvo principal a investigação de operações financeiras realizadas a partir da aquisição pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo em Benin,
na África, com o objetivo de disponibilizar recursos para o pagamento
de vantagens indevidas a ex-gerente da área de negócios internacionais
da empresa.
No fim de março deste ano, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro,
responsável pela Lava Jato, a 15 anos e quatro meses de prisão pelos
crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em um caso
envolvendo o pagamento de propina na compra pela Petrobras de blocos de
petróleo em Benin, na África.
Em sentença de mais de 100 páginas, Moro também condenou
Cunha, responsável por aceitar quando presidente da Câmara a abertura do
processo que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff,
ao pagamento de multa de 1,15 milhão de reais.
Os investigados na Operação Poço Seco responderão pela
prática dos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de
divisas, lavagem de dinheiro dentre outros. Os presos serão trazidos
para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba quando
autorizados pelo juízo competente. O nome da fase (Poço Seco) é uma
referência aos resultados negativos do investimento realizado pela
Petrobras na aquisição de direitos de exploração de poços de petróleo em
Benin, na África.
(Veja.Abril.com.br)
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