DELAÇÃO
Palocci está preso desde setembro de 2016 (Vagner Rosario/VEJA.com)
O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci negocia com a Procuradoria-Geral da República (PGR) um acordo de delação premiada em que promete focar seus depoimentos em banqueiros, empresários e no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em troca, pede para sua pena ser cumprida em um ano de prisão
domiciliar. As informações são da edição desta quarta-feira do jornal Folha de S.Paulo.
Para ter sua delação aceita, Palocci, preso desde setembro do ano passado por causa das investigações da Operação Lava Jato, decidiu revelar detalhes das negociações feitas pelo ex-presidente e um dos donos do BTG Pactual, André Esteves, e o ex-dono do Pão de Açúcar Abílio Diniz.
Segundo o jornal, no caso de Esteves, o ex-ministro promete
explicar supostas vendas de medidas provisórias no Congresso para
bancos privados, nos quais, segundo Palocci, o banqueiro esteve
envolvido. Sobre Abílio, o petista diz poder detalhar uma manobra para
tentar mantê-lo no controle do Grupo Pão de Açúcar, em meio à disputa
com a francesa Casino.
O petista deve confirmar também as informações sobre o
ex-presidente Lula dadas por ex-executivos da Odebrecht, principalmente
no diz respeito à conta-propina “Amigo”.
Outro episódio que envolve o ex-presidente e que Palocci
pretende esclarecer é o suposto benefício financeiro obtido por Lula na
criação da empresa Sete Brasil, em 2010.
A defesa de Lula afirmou ao jornal que a Lava Jato “não
conseguiu apresentar qualquer prova sobre suas acusações contra o
ex-presidente”. A assessoria de Abílio disse que o contrato entre a
empresa de Palocci e o escritório de Bastos foi alvo de investigação e
não apresentou irregularidades. Diz ainda que, no período de vigência
do contrato, Abílio não tinha função executiva na empresa. A assessoria
do BTG Pactual não comentou.
(Veja.Abril.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário