DEFESA
Presidente Michel Temer durante visita à Alagoas e reunião sobre enchentes no estado - 28/05/2017
(Alan Santos/PR)
Próximo do início do julgamento da ação que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer
no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os advogados do presidente
começam nesta terça-feira, 30, um corpo a corpo entre os ministros da
corte eleitoral para apresentar um memorial com o resumo dos argumentos
da defesa.
Os advogados entendem que o ambiente político não é o mesmo
do início do julgamento. A visão é de que será preciso se dedicar ainda
mais para mostrar as razões para que Temer não seja cassado na ação
proposta pelo PSDB, em 2014, sob acusação de abuso de poder econômico e
político.
Em outra frente, a defesa de Temer participou nesta segunda
de audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin, relator da Lava Jato, para rebater os argumentos da
Procuradoria-Geral da República contra o presidente.
Na sexta-feira, o procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu a
Fachin a autorização para tomar depoimentos dos investigados no
inquérito aberto contra Temer, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e
o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
O advogado Gustavo Guedes defendeu os pedidos de
redistribuição da relatoria, por meio de sorteio, e de desmembramento do
inquérito contra o presidente e reforçou o pedido para que o STF
aguarde a conclusão da perícia nos áudios gravados por Joesley Batista,
delator do Grupo J&F, antes de qualquer outra etapa da investigação.
O pedido de separação dos inquéritos contra Temer e Aécio –
estratégia que já vinha sendo estudada – foi antecipado após Janot
afirmar que o inquérito tem um prazo mais curto por envolver
investigados presos. Os três presos, Andrea Neves, Frederico Pacheco e
Mendherson Souza, são relacionados a Aécio. Se Fachin desmembrar o
inquérito, o prazo mais curto não se aplicará contra Temer.
(com Estadão Conteúdo)
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