No mesmo dia em que Maria Silvia Bastos Marques renunciou à presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ), o governo de Michel Temer (PMDB) anunciou o nome do economista Paulo Rabello de Castro para assumir o cargo.
Castro era presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde junho do ano passado, quando o novo governo tomou posse. O economista é ligado a Temer e foi um dos defensores das reformas que o presidente tenta aprovar, como a da Previdência, por exemplo.
“Assumo essa missão como um ibegeano que sou. Não recuo diante de missão difícil”, declarou, em nota, Paulo Rabello de Castro.
Interlocutores do Planalto reconheceram que, em meio à crise política, era preciso escolher um sucessor o mais rápido possível para evitar um desgaste com o mercado financeiro.
Auxiliares de Temer admitem que a saída da presidente do BNDES neste momento “é uma baixa importante”. Logo após o anúncio da demissão, Temer reuniu-se com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira.
Maria Silvia renuncia
A gestão de Maria Silvia vinha sendo criticada por muitos empresários, mas Michel Temer a prestigiava sempre que podia. No primeiro pronunciamento que fez após a delação da JBS, Temer a citou como uma das peças que estava funcionando no governo.Nos bastidores, Maria Silvia vinha demonstrando um profundo desconforto com a conversa entre Temer e Joesley Batista. Ela alegou ‘problemas pessoais’ para abrir mão do cargo.
Em conversa gravada, o empresário Joesley Batista, da JBS, se queixou da atuação da executiva ao presidente Michel Temer. “Está bem travado”, disse ele em referência a atuação do banco de fomento na concessão de crédito.
(Com Estadão Conteúdo)
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