CRÍTICAS
Ex-jogador do Boca Juniors está na China desde o começo de 2017 (//AFP)
Carlos Tevez não se impressionou com o que viu em seus primeiros meses atuando na Superliga chinesa, pelo Shanghai Shenhua. O atacante argentino de 33 anos considera que a intenção do governo da China
de investir no futebol vai melhorar a competição, mas jamais conseguirá
atingir o nível das ligas europeias. Segundo o ídolo de Corinthians e Boca Juniors, os atletas chineses tem problemas de formação.
“São rápidos, mas não têm uma técnica de nascimento
como vemos na América do Sul ou na Europa, onde as crianças começam a
jogar muito cedo. Tecnicamente os chineses não são muito bons, mas creio
que com essas regras que o governo colocou, vão melhorar bastante neste
aspecto”, disse Tevez em entrevista ao canal espanhol Movistar.
Para Tevez, por mais que os clubes chineses contratem
estrelas do futebol mundial, a liga local terá dificuldades para se
desenvolver. “A China está muito bem, mas não acho que vá competir com
nenhuma grande liga da Europa, nem que contrate o melhor jogador, porque
o futebol e a forma como as pessoas lidam com ele é totalmente
diferente. Creio que não vai chegar a este nível…em 50 anos, talvez”,
explicou Tevez em entrevista ao canal Movistar.
Tevez revelou que ainda está se adaptando à forma de
jogar no país. Segundo o atacante, os jogadores não são técnicos e são
inocentes, o que as vezes os levam a dar entradas duras, sem malícia. O
atacante ficou um mês e meio parado por lesão, jogando apenas quatro
partidas completas. “Sem querer, te dão um pisão porque são um pouco
brutos.”
Apesar de estar na 81ª posição no ranking da Fifa, a China
quer se transformar em potência do esporte. Para isso, prevê a criação
de 50.000 escolas de futebol até 2025, segundo o Ministério da Educação
do país. As autoridades também pediram para os clubes reorientarem os
gastos na formação de atletas ao longo prazo. Os clubes serão obrigados a
investir na base o mesmo valor que gastarem na contratação de
jogadores.
(com AFP)
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