O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra o ex-presidente
da Assembleia Legislativa do RN deputado Ricardo Motta (PSB). Ele é
acusado de chefiar, entre 2011 e 2015, a organização criminosa que
desviou recursos públicos do parlamento estadual mediante a inserção
fraudulenta de “servidores fantasmas” na folha de pagamento do órgão
legislativo. A ação penal foi encaminhada ao relator o desembargador
Glauber Rêgo.
Esta foi a segunda denúncia oferecida pelo MP contra o deputado Ricardo Motta (PSB) em dois dias. Nesta terça (23), o deputado foi denunciado por desvios de R$ 19 milhões no Idema.
O advogado Thiago Cortês, que defende o deputado, afirmou que a defesa
técnica "só vai se pronunciar após ter acesso não só à denúncia mas
também às provas e de antemão nega qualquer fato que possa incriminar o
deputado Ricardo Motta".
A denúncia foi feita após investigações da operação Dama de Espadas - deflagrada em agosto de 2015.
De acordo com a peça inicial acusatória, o deputado Ricardo Motta já
era beneficiário do esquema de desvio de recursos públicos referido
entre 2006 e 2011, mas foi a partir desse último ano, quando se torna
presidente da Casa Legislativa, que ele passa à condição de chefe do
esquema e começa a comandar os demais integrantes e executores das
fraudes que beneficiaram a si e a terceiros.
A denúncia agora oferecida pelo procurador-geral de Justiça, Rinaldo
Reis, se refere especificamente à conduta de chefe da organização
criminosa que desviou recursos da Assembleia Legislativa entre 2011 e
2015, bem como à conduta de ter desviado recursos públicos do Poder
Legislativo em benefício de Rita das Mercês Reinaldo -
ex-procuradora-geral da Assembleia Legislativa e integrante do esquema
criminoso - no valor atualizado de R$ 1.108.704,85 tendo por referência
apenas o exercício de 2011.
Conforme consta na peça encaminhada ao Poder Judiciário, o grupo
criminoso era chefiado pelo deputado Ricardo Motta durante o exercício
de sua presidência e integrado por Rita das Mercês Reinaldo, Marlúcia
Maciel Ramos de Oliveira, Rodrigo Marinho Nogueira Fernandes, Luiza de
Marillac, Paulo de Tarso Fernandes, Oswaldo Ananias Pereira Júnior e Ana
Paula de Macedo Moura.
(G1/RN)
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