BRASIL, POLÍTICA
O ministro Gilmar Mendes no julgamento sobre a validade das delações, no
STF em Brasília - 29/06/2017 (Carlos Moura/SCO/STF/Divulgação)
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes
estendeu neste sábado o habeas corpus concedido ao empresário Jacob
Barata Filho, o ‘rei do ônibus’, a outros quatro presos na Operação
Ponto Final, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
Desdobramento da Lava Jato no Rio, a operação investiga o pagamento de
propinas a políticos em troca de manutenção de privilégios para as
empresas de ônibus, inclusive no valor das tarifas.
Os beneficiados pela decisão
foram: Cláudio Sá Garcia de Freitas, Marcelo Praça Gonçalves, Enéas da
Silva Bueno e Octacílio de Almeida Monteiro, presos preventivamente.
O empresário do setor de
ônibus Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de
Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor),
Lélis Marcos Teixeira, deixaram a cadeia na manhã deste sábado. Ambos
foram presos no início de julho, durante a Operação Ponto Final.
Os dois estavam presos na Cadeia Pública José Frederico
Marques, em Benfica, e saíram por volta das 11h30, segundo a Secretaria
Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Barata Filho e Lélis já
haviam sido beneficiados por um habeas corpus concedido por Gilmar
Mendes, mas tiveram expedidos novos mandados de prisão, pelo juiz
Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Com isso, ontem, Gilmar
expediu nova decisão determinando a soltura.
Ao aceitar o pedido feito pela defesa dos empresários,
Mendes converteu a prisão preventiva em medidas cautelares como
recolhimento noturno. Nos fins de semana e feriados, eles ficam
proibidos de participar das atividades de suas empresas de transportes e
não podem deixar o país.
Procuradores que fazem parte da força-tarefa da Lava Jato no
Rio de Janeiro contestaram a liberdade concedida a Barata Filho e
pediram o impedimento de Mendes em processos que envolvam o empresário
de ônibus. O ministro do STF é padrinho de casamento da filha de Barata e
sua esposa advoga em escritório que defende a família Barata.
Mendes declarou que não há “suspeição alguma” para julgar o
caso. Em nota divulgada ontem, o ministro disse que não tem relação
pessoal com o empresário Jacob Barata Filho e que o fato de ser padrinho
de casamento da filha do empresáio não se enquadra nas regras legais
que determinam o afastamento de um magistrado para julgar uma causa em
função de relação íntima com uma das partes.
(Com Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário