BRASIL, POLÍTICA
Maluf está preso desde dezembro no Papuda (Leonardo Benassatto/Reuters)
O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli autorizou, na tarde desta quarta-feira, a prisão domiciliar ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). O parlamentar estava preso desde 20 de dezembro no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Maluf foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão por lavagem de dinheiro no período em que foi prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996.
A decisão de Toffoli ocorre após o deputado ter sido internado no Hospital Ortopédico
e Medicina Especializada (Home), na capital federal, na madrugada desta
quarta. Um boletim médico divulgado às 11h20 informou que Maluf se
encontrava com quadro de forte dor na região lombar, irradiada para o
membro inferior direito, “piorada nas últimas semanas e nos últimos
dias”.
Segundo a defesa do parlamentar, o deputado permanecerá, em
um primeiro momento, internado no mesmo só hospital. Apenas após a alta
médica, Maluf será conduzido a São Paulo, onde mantém residência, para
cumprir a pena.
No atendimento, uma ressonância na coluna lombar mostrou
“estenose de canal, nos níveis L3/L4 e L4/L5, com compressão das
estruturas nervosas da cauda equina”. O boletim informa que outros
exames complementares serão realizados e não há previsão de alta.
“Devido ao quadro de dor forte e incapacitante, o paciente está sendo
medicado com analgésicos potentes, anti-inflamatórios e opioides, sendo
previsto infiltração da coluna com corticoide para o final da tarde”,
diz.
O deputado tem 86 anos e, segundo sua defesa, doenças
graves como câncer e diabetes, “com possibilidade de deterioração rápida
do quadro clínico no caso de manutenção da prisão”. Os advogados usaram esse argumento para solicitar uma liminar de prisão domiciliar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). No dia 9 deste mês, o ministro da Corte Jorge Mussi indeferiu o pedido, por entender que o parlamentar tem recebido assistência médica adequada na prisão.
Paulo Maluf foi considerado culpado por ter desviado
recursos dos cofres públicos quando exerceu o cargo de prefeito de São
Paulo (1993-1996) e enviado o dinheiro para contas nos Estados Unidos.
(Veja.Abril.com.br)
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