quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Ex-senador afirma que Poderes do RN não podem ser mais “ilhas de prosperidade.” Fernando Bezerra afirmou ainda que a governadora só conseguirá superar a crise fiscal com coragem e todos os potiguares têm obrigação de ajudar

ANÁLISE
 
 Ex-ministro também deixou claro que “só com coragem” a governadora eleita conseguirá superar o grave momento fiscal que o estado atravessa

Há 16 anos fora da política, o empresário Fernando Bezerra disse nesta terça-feira, 8, que os Poderes Judiciário e Legislativo não podem mais ser vistos como “ilhas de prosperidade dentro de um estado falido”. 

Em entrevista à 98 FM, o ex-senador se referiu especialmente à informação de que o desembargador João Rebouças assumia a presidência do Tribunal de Justiça com mais de R$ 220 milhões em caixa, a despeito de não ter deixado de receber quantias equivalentes em duodécimos atrasados por parte do ex-governador Robinson Faria. 

Ao afirmar que todos os setores da sociedade, entre eles os próprios servidores públicos, têm “obrigação” de apoiar a governadora Fátima Bezerra nesse momento de crise, o ex-ministro também deixou claro que “só com coragem” a governadora eleita conseguirá superar o grave momento fiscal que o estado atravessa.

“Sem isso, esqueça”, afirmou ele, que não poupou nem o ex-governador Robinson Faria, de quem é amigo pessoal. “Robinson deixou de fazer o que deveria já no seu primeiro ano e limitou-se a administrar os problemas que herdou de governos anteriores”.

Para o ex-ministro, Fátima Bezerra “tem agora a obrigação de abrir as finanças do estado na mesma medida em que todos nós temos a obrigação de entender a situação e ajudar na medida do possível”.

Sobre o decreto de calamidade financeira decretada pela governadora, Bezerra foi econômico: “Não é uma medida”. 

Segundo ele, a prioridade das prioridades, a partir de agora, será gastar progressivamente menos do que a arrecadação até resolver o problema. 

Por fim, o empresário disse que é preciso acabar com a mentalidade de que os empregos estão no setor público quando, na verdade, eles estão e devem ser estimulados no setor privado. 

“Para isso, o Estado não pode produzir dificuldades para a iniciativa usando a Lei, buscando facilitar cada vez mais o ambiente de negócios e a entrada de investimentos”, finalizou.


(AgoraRN)

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