ANÁLISE
Ex-ministro também deixou claro que “só com coragem” a governadora
eleita conseguirá superar o grave momento fiscal que o estado atravessa
Há 16 anos fora da política, o empresário Fernando Bezerra disse
nesta terça-feira, 8, que os Poderes Judiciário e Legislativo não podem
mais ser vistos como “ilhas de prosperidade dentro de um estado falido”.
Em entrevista à 98 FM, o ex-senador se referiu especialmente à
informação de que o desembargador João Rebouças assumia a presidência do
Tribunal de Justiça com mais de R$ 220 milhões em caixa, a despeito de
não ter deixado de receber quantias equivalentes em duodécimos atrasados
por parte do ex-governador Robinson Faria.
Ao afirmar que todos os setores da sociedade, entre eles os próprios
servidores públicos, têm “obrigação” de apoiar a governadora Fátima
Bezerra nesse momento de crise, o ex-ministro também deixou claro que
“só com coragem” a governadora eleita conseguirá superar o grave momento
fiscal que o estado atravessa.
“Sem isso, esqueça”, afirmou ele, que não poupou nem o ex-governador
Robinson Faria, de quem é amigo pessoal. “Robinson deixou de fazer o que
deveria já no seu primeiro ano e limitou-se a administrar os problemas
que herdou de governos anteriores”.
Para o ex-ministro, Fátima Bezerra “tem agora a obrigação de abrir as
finanças do estado na mesma medida em que todos nós temos a obrigação
de entender a situação e ajudar na medida do possível”.
Sobre o decreto de calamidade financeira decretada pela governadora, Bezerra foi econômico: “Não é uma medida”.
Segundo ele, a prioridade das prioridades, a partir de agora, será
gastar progressivamente menos do que a arrecadação até resolver o
problema.
Por fim, o empresário disse que é preciso acabar com a mentalidade de
que os empregos estão no setor público quando, na verdade, eles estão e
devem ser estimulados no setor privado.
“Para isso, o Estado não pode produzir dificuldades para a iniciativa
usando a Lei, buscando facilitar cada vez mais o ambiente de negócios e
a entrada de investimentos”, finalizou.
(AgoraRN)
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