quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Por ‘pente-fino’ contra petistas, Onyx exonera comissionados da Casa Civil. Medida anunciada pelo ministro ontem foi publicada nesta quinta no Diário Oficial. Funcionários serão entrevistados para possível recontratação

PENTE-FINO
 
 O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (Eraldo Peres/AP)

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, oficializou nesta quinta-feira, 3, as exonerações e dispensas de cerca de 320 servidores da pasta anunciadas por ele ontem. Publicada no Diário Oficial da União, a portaria atinge todos os funcionários que foram nomeados até 2018 para cargos em comissão ou funções de confiança até o nível 6 do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS) do ministério.

Não foram afetados pela portaria os servidores da Subchefia para Assuntos Jurídicos e na Imprensa Nacional, responsável pela publicação do Diário Oficial, os ocupantes de cargos de natureza especial e os indicados a partir de 2019, após a posse do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta quarta-feira, depois de assumir como ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni afirmou que as exonerações se destinam a “despetizar” o governo.

“Isso faz parte um pouco daquela frase que o presidente Bolsonaro dizia na campanha, fazer a despetização do governo federal. E amanhã na reunião ministerial eu vou sugerir que os ministros possam também seguir neste caminho”, disse Onyx. Bolsonaro e sua equipe ministerial estão reunidos no Palácio do Planalto desde as 9h desta quinta.


Segundo o ministro, os servidores que forem exonerados e quiserem continuar no governo serão entrevistados pela equipe da pasta para que se verifique se foram indicados nos governos dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, e haja certeza de que estão alinhados ao projeto de Bolsonaro

“Para não sair caçando bruxa, primeiro a gente exonera e depois a gente conversa”, afirmou Onyx. “O governo é novo, veio um novo Brasil. Ou afina com a gente, ou troca de casa. É simples assim”, completou o ministro, que estipulou em duas semanas o prazo para reconstituir a equipe.


(Por João Pedroso de Campos, de Brasília/Veja.com.br)

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