Virgínia Ferreira, secretária de Administração do RN — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Responsável pela folha de pagamento do governo do Rio Grande do Norte, a secretária de Administração do RN, Virgínia Ferreira afirmou que a área econômica do governo estadual vem trabalhando para conseguir recursos extras para garantir o pagamento dos salários e do 13º de 2019. A perspectiva é que parte desses recursos sejam conseguidos com a venda da folha salarial ao Banco do Brasil. Ao mesmo tempo, o Estado trabalha na auditoria das folhas, para enxugar "inconsistências".
Em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, nesta segunda-feira (26), a secretária ainda afirmou que a previsão é de que nos próximos dias os servidores voltem a ter acesso a empréstimos consignados, suspensos após o governo não repassar os pagamentos aos bancos.
Apesar dos passos anunciados, a secretária não informou precisamente quanto o estado espera arrecadar com os recursos extras ou enxugar com as auditorias. A auxiliar da governadora Fátima Bezerra (PT) também não falou sobre as folhas em aberto desde a gestão anterior.
"Tem sido um exercício da área econômica do governo de realizar esses pagamentos e depende muito das receitas extras. A gente já tem uma praticamente fechada, que é a venda da folha para o Banco do Brasil. Na verdade é uma renovação. Já tem um saldo que vai ser reservado para o 13º salário e com isso a gente abre os consignados daqui para o final do mês. Isso já é um avanço, que os servidores vêm cobrando muito. Ele (o consignado) vem com seis meses de carência, A última tentativa que foi feita, que foi até aberta uma licitação, deu vazia, então a estratégia do governo foi negociar com os bancos públicos", afirmou.
Outros recursos extras esperados pelo governo do estado vêm da discussão sobre a sessão onerosa, que está para ser votada no Congresso, e do Programa de Equilíbrio Fiscal, previsto pelo governo federal, de onde, segundo ela, são esperados R$ 300 milhões. De acordo com a titular, a Secretaria de Planejamento é quem está trabalhando para responder a essas demandas a nível federal.
Virgínia afirmou que o estado priorizou o pagamento dos salários do servidores quando suspendeu, nos meses anteriores, o pagamento das parcelas de empréstimos tomados a bancos e afirmou que essa é uma "escolha de Sofia". "Ou você paga a dívida, ou paga o servidor. Então a opção foi pagar o servidor", disse.
"Quando a gente receber esses recursos, vamos pagar o servidor e o fornecedor. Nesse momento, a gente sabe que não pode estar tributando o fornecedor, porque a gente sabe que está devendo a ele. Paralelamente a isso, a gente está com um plano de desenvolvimento do estado e assim que o Estado quitar essas dívidas, a gente lança esse plano para colocar o estado nos trilhos", reforçou Virgínia Ferreira.
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