PROTESTOS PELA FLORESTA
Da esquerda para a direita, as atrizes Maitê Proença e Sônia Braga, o
cantor Caetano Veloso e as deputadas Jandira Fechali (PCdoB-RJ) e
Benedita da Silva (PT-RJ) (Marcelo Fonseca/Folhapress)
Com o músico Caetano Veloso e a atriz Sônia Braga
à frente, manifestantes fizeram uma caminhada em defesa da Amazônia
neste domingo, 25, na Praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro. O
grupo percorreu a pista da Avenida Vieira Souto junto à orla, em
direção ao Jardim de Alah.
Os manifestantes cantaram clássicos da música popular brasileira e
ergueram cartazes com dizeres como “Não queimem o nosso futuro”,”A
Amazônia não aguenta mais” e “Fora, Salles”, em referência ao ministro
do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Além de Caetano e Sônia Braga, a “comissão de frente” da marcha
foi formada pela atriz Maitê Proença, pelo ator Antonio Pitanga, o
rapper Criolo, o jornalista do The Intercept Brasil Glenn Greenwald e os
deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ), Marcelo Freixo (PSOL-RJ),
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ) e David Miranda
(PSOL-RJ), companheiro de Glenn.
Também estavam presentes os atores Patrícia Pillar, Luisa
Arraes, Maria Padilha, Mateus Solano, Patrycia Travassos, Caio Blat,
Gregório Duvivier, Alinne Moraes, Paula Burlamaqui e Nanda Costa, entre
outros. Os organizadores estimaram a presença de 15 mil pessoas no
protesto.
“Estou aqui porque estamos defendendo a causa do meio ambiente
contra as decisões e as coisas que são ditas pelo poder incumbente do
Brasil agora. Nesse momento, com as queimadas na Amazônia e a
repercussão mundial, a gente vê o caso muito explicitado e está se
articulando. É importante (a repercussão internacional) para que os
dirigentes tomem consciência”, disse Caetano.
Molon disse que propôs ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), em conjunto com outros dois deputados, a instalação de uma
comissão no Dia da Amazônia (5 de setembro). A comissão funcionaria como
uma espécie de audiência pública para discutir questões ligadas à
preservação da floresta. Ele também iniciou a coleta de assinaturas para
a instauração de uma CPI da Amazônia. “O governo Bolsonaro tem uma
visão atrasada sobre o papel do meio ambiente em relação ao
desenvolvimento econômico. Para ele ou se tem desenvolvimento ou se tem
meio ambiente”, criticou.
O ato foi organizado pelo #342 Amazônia, um aplicativo lançado
este ano em uma parceria entre o Greenpeace, o coletivo Mídia Ninja e o
movimento 342, criado pela empresária Paula Lavigne para defender pautas
progressistas no Congresso. A primeira mobilização foi contra um
decreto do ex-presidente Michel Temer permitindo a mineração em parte da
Amazônia.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
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