Promotora do Ministério Público do Rio, Carmen Eliza Bastos de Carvalho - Reprodução/Instagram
Rio - Após a repercussão das publicações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, Carmen Eliza Bastos de Carvalho, uma das promotoras do Ministério Público do Rio de Janeiro que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, pediu afastamento do caso nesta sexta-feira.
No dia da posse de Bolsonaro, em janeiro deste ano, a promotora escreveu que "há anos" não se sentia tão emocionada. Antes, ao celebrar a vitória do então presidente eleito, comemorou que o Brasil teria se livrado do "cativeiro esquerdopata". "Patriotismo. Assim que se constrói uma NAÇÃO! União em prol do Brasil! Família, moral, honestidade, vitória do bem!", anotou.
Em nota, o órgão informou ainda que, diante da repercussão relativa às postagens da promotora em suas redes sociais, a Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou procedimento para análise.
Já a promotora afirmou, em carta que exerceu a imparcialidade na sua atuação funcional no caso Marielle e Anderson. "Venho esclarecer que, como cidadã, exerço plenamente os direitos fundamentais a todos assegurados pelo art. 5º da Constituição da República, com destaque para a liberdade de expressão, que garante a livre manifestação de minha opção política e ideológica", disse em um trecho do texto.
Carmen Eliza Bastos participou nesta quarta-feira, da coletiva de imprensa na qual o MP afirmou que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra mentiu ao relacionar Bolsonaro com Elcio Vieira de Queiroz, um dos réus presos por envolvimento no crime.
(Por O Dia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário