GOVERNO
Em Resende, no sul fluminense,
desde o início da tarde desta sexta-feira, 29, o presidente da
República, Jair Bolsonaro, participou da inauguração da oitava cascata
de ultracentrífugas da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) da
Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Ele surpreendeu a todos ao não
discursar durante o evento, e saiu na sequência sem dar declarações.
O presidente ficará na cidade até a tarde deste sábado, já que, pela
manhã, participará de solenidade na Academia Militar das Agulhas Negras
(Aman). Bolsonaro passará a noite em um hotel de trânsito do Exército.
A
inauguração da nova ultracentrífuga foi comemorada pelo ministro de
Minas e Energia, Bento Albuquerque, que fez questão de citar que o
programa começou ainda à época da ditadura militar. "(Essa
ultracentrífuga) representa muito mais do que aumentar a capacidade de
produção de combustível para as nossas usinas nucleares; significa
reconhecer o acerto de uma política de Estado, tomada há pouco mais de
40 anos, durante os governos dos presidentes Médici e Geisel, que
permitiu que o País desenvolvesse e alcançasse o domínio do ciclo do
combustível nuclear", discursou.
Segundo a INB, a nova operação
fará a produção de urânio enriquecido no País aumentar em 20%, atingindo
60% do necessário para abastecer a Usina Nuclear de Angra 1.
A
inauguração faz parte da primeira fase da implantação da Usina de
Enriquecimento Isotópico de Urânio, um projeto que conta com a parceria
da Marinha e prevê a instalação de dez cascatas de ultracentrífugas. A
nona cascata tem previsão de ficar pronta no fim do ano que vem.
Outras 30 cascatas começarão a ser construídas a partir de 2021, na segunda fase do programa.
O projeto, que começou a ser implantado no ano de 2000, deverá levar
mais 15 anos até ter todas as suas fases concluídas. A estimativa do INB
é de que seja necessário um aporte de mais R$ 2,5 bilhões.
(por Estadao Conteudo)
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