quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Governo acaba com monopólio da Casa da Moeda sobre papel. Medida também permite que outras empresas cadastradas na Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil possam prestar os serviços

MONOPÓLIO
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 Casa da Moeda anuncia fim do monopólio sobre produção do papel (Marcelo Sayão/EFE/VEJA)

A assessoria da Casa da Moeda divulgou texto há pouco explicando a decisão do governo de propor o fim da exclusividade da estatal para as atividades de fabricação de papel moeda, de moeda metálica, de cadernetas de passaporte e de impressão de selos postais e fiscais federais no país.

O texto, segundo a Casa da Moeda, também permite que outras empresas, devidamente cadastradas na Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (SRFB), possam prestar os serviços de integração, instalação e manutenção preventiva e corretiva de equipamentos envolvidos na produção de cigarros e demais produtos que que demandem um maior controle de produção.

Para evitar a interrupção dos serviços, a CMB estará habilitada provisoriamente até 31/12/2021, período considerado adequado para que seja realizada a habilitação de outras empresas para prestar as atividades de controle respectivas. Mesmo durante o período em que a CMB estiver automaticamente habilitada, outras empresas poderão ser habilitadas e passarão a concorrer com a CMB.

Também foi previsto um período de adaptação para a retirada da exclusividade na prestação dos serviços de fabricação de selos postais e de cadernetas de passaportes (31/12/2023), com o objetivo de reduzir os riscos de quebra de continuidade na prestação dos serviços, assim como a possibilidade de exigência dos tributos no momento da ocorrência do fato gerador, nas hipóteses definidas no texto da Medida Provisória.

A proposta não concede nem amplia incentivo ou benefício de natureza tributária, pois a atividade que, até então, justificava a cobrança da referida taxa deixará de ser prestada em regime de monopólio pela Casa da Moeda do Brasil e, consequentemente, passará a ser prestada em regime de livre concorrência, passando a ser remunerada por meio de preço público.


(Por:Robson Bonin/Radar)

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