quinta-feira, 7 de novembro de 2019

PF abre inquérito para investigar depoimento de porteiro do condomínio de Bolsonaro. Pedido de abertura de inquérito foi feito pelo MPF

INQUÉRITO
 Condomínio Vivendas da Barra
 Condomínio Vivendas da Barra - Armando Paiva / Agência O Dia

Rio - A Polícia Federal (PF) no Rio abriu, nesta quarta-feira, um inquérito para investigar o depoimento prestado por um dos porteiros do condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem uma casa, na Barra da Tijuca.

O pedido de abertura de investigação foi feito pelo Ministério Público Federal no Rio (MPF-RJ) e vai apurar se o porteiro mentiu em depoimento prestado nas investigações do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido no dia 14 de março do ano passado. A investigação vai apurar o cometimento dos crimes de obstrução de Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa. 


 

Na semana passada, o Jornal Nacional, da TV Globo, noticiou que registros do condomínio Vivendas da Barra, e também o depoimento de um dos porteiros à Polícia Civil, deram conta de que um dos suspeitos do assassinato, o ex-policial militar Élcio Queiroz, esteve, horas antes do crime, na casa do sargento aposentado da PM Ronnie Lessa, suspeito de ser o executor da ação, que mora no local.

Segundo a reportagem, em depoimento, o porteiro informou que Élcio anunciou que iria não à casa de Lessa, mas à de número 58 do condomínio, que é a residência de Bolsonaro no Rio. Ainda segundo o telejornal, em seu depoimento, o porteiro afirmou ter interfonado para a casa do então deputado federal e que "Seu Jair"” havia autorizado a entrada do visitante.


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No entanto, registros de presença da Câmara dos Deputados demonstram que naquele dia o então deputado estava em Brasília. Para o Ministério Público estadual (MPRJ), o porteiro mentiu sobre a ligação para a casa da família do presidente.

Após os acontecimentos, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a abertura de um inquérito para apurar "todas as circunstâncias"” da citação do nome do presidente. Em seguida, Aras remeteu o pedido para o MPF-RJ, que pediu a abertura do inquérito à PF. Na mesma decisão, o procurador-geral arquivou a citação por entender que não havia evidências de crime. 



(Por Agência Brasil) 

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