Deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) - Agência Câmara
Rio - A comissão
mista do Congresso aprovou ontem a medida provisória que libera saques
do FGTS. O texto segue para votação no plenário da Câmara e depois, no
Senado. O relatório aprovado aumenta o saque imediato de R$ 500 para R$
998 no caso de contas com até um salário mínimo, em julho, quando a
medida foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.
O relator da medida, deputado Hugo Motta
(Republicanos-PB), reduziu a taxa de administração do FGTS de 1% para
0,5% e, em troca, manteve o monopólio da Caixa na operação dos recursos
do fundo.
O relatório também acaba com a multa adicional de 10%
para empresas nas demissões sem justa causa. O relator apresentou uma
nova versão do parecer após acordo com parlamentares. O relatório tira o
poder do ministro da Economia para definir os critérios do uso dos
recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) que são aplicados no
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e retornam
ao fundo. A atribuição ficará com o Conselho Deliberativo do FAT
(Codefat).
Saldo de R$ 284 bilhões
Atualmente,
o saldo do fundo no banco totaliza R$ 284 bilhões. O novo parecer
coloca um teto na fatia de recursos que pode voltar ao caixa do Tesouro.
Pelo texto, a devolução ficará limitada ao valor suficiente para o
custeio das funções do FAT como seguro-desemprego, pagamento do abono
salarial e financiamento de programas de educação profissional e
tecnológica.
A MP havia acabado com o teto de devolução. O senador José Serra (PSDB-SP) pediu a recolocação do limite argumentando que o poder ilimitado abriria margem para o governo fazer contabilidade criativa - manobra forçando a expansão do déficit.
Outra alteração em relação ao relatório inicial apresentado na semana passada aumenta o limite dos recursos do FGTS que podem subsidiar programas sociais de habitação. O relator havia estabelecido que apenas um terço do lucro do fundo a partir de 2020 fosse destinado para esse fim. A medida gerou reação da construção civil.
O parlamentar aumentou o percentual para 40% em 2020, com uma redução gradual: 38% em 2021, 36% em 2022 e 33,3% a partir de 2023. De acordo com o deputado, essa transição garante subsídios para empreendimentos que já estão em construção no País.
(Por
O Dia)
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