Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus, recebe corpos de vítimas do novo coronavírus - Michael Dantas/AFP
Manaus - Muito perto de entrar em colapso, o sistema
funerário de Manaus não para de receber corpos. No último domingo, a
capital do Amazonas, na Região Norte do Brasil, bateu o recorde de
enterros em 24 horas desde o início da pandemia de covid-19. Foram
registrados 140 sepultamentos e duas cremações na cidade em apenas um
dia. O número supera o de 136, do começo da semana passada.
De acordo com o Sindicato das Empresas Funerárias do
Estado (Sefeam), a média diária de enterros mais do que triplicou em
meio ao surto do novo coronavírus: se antes havia cerca de 30
sepultamentos por dia em todo o município de Manaus, atualmente são por
volta de 100. Os dados começaram a se apresentar dessa forma há uma
semana, quando alguns setores do sistema de saúde do Amazonas
tiveram princípios de lotação máxima.
De todos as mortes registradas em Manaus, nem todas
são por covid-19. Oficialmente, segundo informações da prefeitura local,
as causas são variadas: alguns vão a óbito pela doença, outros por
"insuficiência respiratória" e uma parte com o status "indeterminada ou
desconhecida". Há casos, inclusive, em que os detalhes dos falecimentos
não são nem divulgados.
A maioria dos sepultamentos é feita no cemitério
Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, que
recebeu a instalação de contêineres frigoríficos para armazenar corpos
devido ao iminente colapso. Foi lá também que a prefeitura abriu valas
comuns para conseguir suprir a demanda de enterros.
(Por
O Dia)
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