sábado, 23 de maio de 2020

Bolsonaro diz que 'sistema particular' de informação é formado por conhecidos. "Este é meu serviço de informação particular que funciona melhor do que este que eu tenho oficialmente, que não traz informação", disse

REUNIÃO MINISTERIAL
 Vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgado nesta sexta-feira
 Vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgado nesta sexta-feira - Reproducao Internet

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro confirmou, nesta sexta-feira, que possui um "sistema particular" de informações. Em entrevista à rádio Jovem Pan, ele informou que a rede é formada por conhecidos em diversos estados. 

"O que é meu serviço de informações particular? É o sargento do batalhão do Bope do Rio de Janeiro, é o capitão do grupo de artilharia lá de Fortaleza, é o policial civil que tá em Manaus, é meu amigo que tá na reserva e me traz informação da fronteira. Este é meu serviço de informação particular que funciona melhor do que este que eu tenho oficialmente, que não traz informação. Esta sempre foi a minha crítica. Este problema, temos aqui o aparelhamento de instituições e não é fácil mudar isso aí", disse Bolsonaro.

No entanto, o presidente não foi questionado sobre o suposto vazamento de informações da operação Furna da Onça ao seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. O empresário Paulo Marinho relatou o vazamento à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal. Já o parlamentar nega as acusações e diz que o empresário, que é seu suplente na chapa, estaria interessado na vaga.
 
Na mesma entrevista, Bolsonaro disse que "jamais entregará seu celular ao Supremo". "Um ministro do STF querer o telefone do presidente da República, por causa de fake news, tá de brincadeira comigo", disse, acrescentando que os Poderes são independentes e precisam saber o seu limite.
 
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, relator do inquérito que investiga a suposta interferência de Bolsonaro na PF, enviou nesta sexta a notícia-crime que pede a apreensão do celular presidente à Procuradoria-Geral da República (PGR). O envio do pedido à PGR para que ela se manifeste a respeito é praxe em investigações.
 
 
 (Por O Dia)

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