
Alexandre Ramagem - Valter Campanato/Agência Brasil
Brasília - Durante depoimento prestado à PF na tarde
destasegunda-feira, o diretor-geral da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem negou ter 'intimidade' com os
membros da família Bolsonaro. Depoimento faz parte de inquérito que
apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal.
No depoimento, Ramagem disse ter
"ciência de que goza da consideração, respeito e apreço da família do
presidente Bolsonaro pelos trabalhos realizados e pela confiança do
presidente da República no trabalho do depoente, mas não possui intimidade pessoal com seus entes familiares".
O chefe da Abin também afirmou que sua desqualificação
para o cargo de diretor-geral da PF aconteceu por ele não fazer parte do
"núcleo restrito de delegados de Polícia Federal próximos ao então
ministro Sergio Moro". Ramagem também afirmou que,
diante do que disse no depoimento, "não haveria um impedimento objetivo
que pudesse conduzir à rejeição de seu nome".
O inquérito em questão foi aberto atentendendo um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR)
após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro pedir
demissão do cargo e acusar Bolsonaro de tentar interferir na Polícia
Federal.
Na ocasião, Bolsonaro exonerou Maurício Valeixo do
cargo de diretor-geral da PF e nomeou Ramagem para a vaga. Entretanto, o
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunaol Federal (STF), barrou a nomeação alegando que houve um desvio de finalidade.
(Por
IG - Último Segundo)
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