
Calçadão de Bangu, na Zona Oeste, tem circulação de pessoas no dia 7 de maio - Daniel Castelo Branco/ Agência O DIA
Rio - O Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde
(NOIS), grupo de pesquisadores de diversas instituições nacionais e
internacionais, mostra que o Estado do Rio apresenta a maior taxa de
letalidade pelo novo coronavírus do Brasil. Seguidos do Rio estão São
Paulo e o Sudeste em geral. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram
taxas bem abaixo da média nacional, enquanto Norte e Nordeste estão
próximas entre si e também da média brasileira.
O Brasil está em 1º lugar na taxa de letalidade e 2º
em crescimento na América do Sul. É o que mostra o comparativo com
outros nove países do continente: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia,
Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
O Estado do Rio teve, nas últimas 24 horas, 189 novas mortes confirmadas pelo novo coronavírus
(covid-19). Segundo a última atualização da secretaria de Saúde, são
1.394 óbitos pela doença no estado. Há ainda outros 570 óbitos em
investigação.
Em crescimento da doença, perde apenas para o Peru. Este país, no entanto, apresenta baixas taxas de letalidade como resultado do alto índice de testagem e, em consequência, a mais baixa taxa de subnotificação entre os países estudados. O Uruguai se destaca como o que apresenta as menores taxas de crescimento e um maior controle da doença.
Em crescimento da doença, perde apenas para o Peru. Este país, no entanto, apresenta baixas taxas de letalidade como resultado do alto índice de testagem e, em consequência, a mais baixa taxa de subnotificação entre os países estudados. O Uruguai se destaca como o que apresenta as menores taxas de crescimento e um maior controle da doença.
De 14 de abril a 4 de maio, a taxa de crescimento
diária de casos confirmados de covid-19 no Brasil oscilou em torno de
7%, não sendo possível perceber tendência de decrescimento nítida. Isso
indica que o Brasil e suas regiões ainda não atingiram o pico de novos
casos.
Nos dias 16, 17 e 28 de abril, o Brasil foi o país
com o maior crescimento na taxa de letalidade, o que mostra um aumento
considerável do número de óbitos, caracterizando uma situação
extremamente preocupante para o país. A taxa de letalidade do Brasil se
manteve, nestes 21 dias, muito próxima, colocando o país entre os 25%
piores dos países analisados. Além disso, houve uma tendência de aumento
na taxa de letalidade do Brasil nos últimos dias, de 6,1% (14/04/2020)
para 6,8% (04/05/2020), o que representa um cenário negativo para o
país, mostrando que é um dos países onde a epidemia cresce mais rápido.
A pesquisa é baseada em dados oficiais e, por isso, a subnotificação de casos confirmados e óbitos é uma limitação da pesquisa.
A região Sul apresentou as menores taxas de
crescimento em relação às outras regiões nas duas primeiras semanas, mas
já na última semana a situação piorou e a média foi semelhante ao do
resto do país. Já a região Norte manifestou o maior crescimento do
número de casos nas três semanas. Dentre todas as localidades
analisadas, a única que apresenta sinais de decrescimento é a região
Nordeste, com uma queda de aproximadamente 4% da primeira para a
terceira semana.
O Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) é um grupo de pesquisa formado por profissionais de diversas instituições: Departamento de Engenharia Industrial/PUC-Rio, Instituto Tecgraf/PUC-Rio, Marketing & Analytics/BizCapital, Rio de Janeiro, Brasil, Barcelona Institute for Global Health (ISGlobal), Espanha, Divisão de Pneumologia/InCor, Hospital das Clínicas FMUSP, Universidade de São Paulo, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, Rio de Janeiro, e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As análises e previsões aqui divulgadas representam as opiniões dos autores envolvidos no estudo e não necessariamente das instituições às quais são associados.
O Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) é um grupo de pesquisa formado por profissionais de diversas instituições: Departamento de Engenharia Industrial/PUC-Rio, Instituto Tecgraf/PUC-Rio, Marketing & Analytics/BizCapital, Rio de Janeiro, Brasil, Barcelona Institute for Global Health (ISGlobal), Espanha, Divisão de Pneumologia/InCor, Hospital das Clínicas FMUSP, Universidade de São Paulo, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, Rio de Janeiro, e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As análises e previsões aqui divulgadas representam as opiniões dos autores envolvidos no estudo e não necessariamente das instituições às quais são associados.
(Por O Dia)
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