ENTREVISTA
Candidato ao Governo pelo PMDB, o deputado Henrique Eduardo Alves
analisou que a prioridade para a próxima gestão do Estado, caso seja
eleito, será a segurança pública e a saúde. Em entrevista ao programa
RNTV Segunda Edição, da InterTV Cabugi, o candidato observou que é
preciso oferecer condições de trabalho ao policial, mas também fazer um
trabalho junto aos jovens, às famílias. “Eles precisam sentir que vale a
pena ser do bem”, comentou.
Claudio AbdonDeputado Henrique Eduardo, candidato do PMDB ao governo do Estado, foi entrevistado no RN TV Segunda Edição
Leia os principais trechos da entrevista do candidato Henrique Eduardo Alves:
Votos nulos e abstenções
“O Estado foi um dos que teve maior registro de brancos e nulos, além da abstenção. Mas teve também um erro no processo de digitação, de identificação biometrica, e isso dificultou. Foram longas filas. Era para ser uma votação muito rápida, mas isso tirou a paciência do eleitor que estava querendo votar rápido. Mas, nós também temos que reconhecer que há o voto de protesto, de insatisfação. A vida do povo brasileiro é cada vez mais difícil. Aqui no nosso Estado há uma insatisfação de tudo que é lado, sobre segurança, saúde, educação, geração de emprego, infraestrutura. Então, isso gera uma grande frustração porque há quatro anos esse mesmo Estado, esse mesmo povo elegeu uma governadora no primeiro turno. Eu entendo que não pode ficar a frustração sem solução. Tem que buscar as candidaturas que tragam propostas, projetos em que o cidadão acredite e veja o que está sendo proposto e como será executado, como será feito e , aí sim, fazer uma grande eleição democrática no próximo dia 26.”
Avaliação do 1º turno
“Nós ganhamos, no primeiro turno, para o segundo candidato com uma maioria de 80 mil votos. Ganhamos em todas as regiões do Rio Grande do Norte. Nós elegemos seis dos oito deputados federais, a maioria dos 24 deputados estaduais. Em Natal, tivemos uma maioria significativa de 30 mil votos e faltou muito pouco, 2 pontos e pouquinho, para não chegar ao segundo turno. Acho que surpreendeu os votos indecisos, que nós procuramos conquistar, tanto eu como o candidato adversário, mas foram dados ao professor Robério. Partidos pequenos, geralmente, tinham em eleição majoritária do Estado 4, 5 ou 6% e agora chegaram a 10%. Foi esse o fato. Respeito a manifestação do eleitor, do cidadão, e essa diferença não possibilitou, por uma margem pequena, uma vitória no primeiro turno. Mas eu tenho que agradecer àqueles que conosco foram para as urnas e nos deram aquela importante e emocionante votação.”
Alianças
“A conversa com o PT ocorreu, naturalmente. Mas, o PT só queria fazer aliança com os partidos da base da presidenta Dilma Rousseff e de nosso vice-presidente Michel Temer. E eu disse que no contexto estadual não era aconselhável. Tínhamos outros partidos para que pudéssemos ganhar a eleição e ter força política para governar. Eleição não é só ganhar, é ter força política para governar, uma base para mudar o que está aí. Depois, o próprio PT fez aliança com outros partidos que não apoiavam também a presidenta Dilma. Ou seja, foi naquele momento que aconteceu o impasse e cada um seguiu o seu caminho. Estamos no nosso, com partidos aliados importantes, respeitados, com contato com o eleitor norte-riograndense de maneira muito aberta, transparente, serena para uma grande vitória no dia 26.”
Prioridades
“O Estado tem algumas situações muito graves. Eu começaria por uma que passou todas as outras que a é a questão da segurança pública. Hoje, o bandido, o malfeitor, o traficante não respeita a polícia, não respeita a família, não respeita o Estado. As pessoas estão com medo de saírem de casa. Não é só a noite não! É de dia, de tarde. Os filhos para sua escola, os jovens para seu lazer, estão com medo. Porque hoje, a segurança pública virou a insegurança pública. A impunidade hoje é em todo canto. Esse é o maior grito de socorro no Rio Grande do Norte, que nós precisamos tratar com muito rigor sob o comando do governador, valorizando o policial, a sua ascensão profissional, seu salário. Dar a ele condição de ir para o enfrentamento. O policial tem família também. Ele (o policial) tem que ir para o enfrentamento e voltar para casa. Ele tem que se equipar, tem inteligência, informação, parcerias com o Ministério da Justiça para permitir a Força Nacional. A segurança pública, com o comando do governador, tem que ser ocupacional, com políticas públicas que dêem ao jovem e à família condições também para sentirem que vale a pena ser do bem. E outro item, sempre, é a saúde. A saúde não espera, não pode ser para depois de amanhã, daqui a um mês. Ou a pessoa morre ou se agrava o estado de saúde. Tem que tratar esses dois temas com muito diálogo, muita maturidade, muita responsabilidade. O Estado só, não terá recurso orçamentário para isso, pela situação falimentar em que se encontra. Você precisa buscar parcerias com o Governo Federal para que possamos planejar e de forma equilibrada, racional e muito responsável o que fazer com a saúde e segurança.”
Lula na campanha
“Eu não vou negar que foi uma decepção ver o presidente Lula, do qual fui parceiro como líder do PMDB, ajudei tanto o seu governo, eu liderava uma bancada de 80 deputados. E para aprovar os projetos ele (Lula), nos convocava pedindo a participação do PMDB e eu dava porque entendia que era importante para o país. Mas vamos separar as coisas. Vamos procurar compreender. Ele (Lula) esteve aqui há quatro anos pedindo voto contra Robinson Faria que era o vice de Rosalba e apoiando o candidato Iberê, que eu estava junto. Mas cada um tem sua visão, que muda, é dinâmica. É lamentável, mas cumpro meu dever como presidente da Câmara.
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