quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Coordenação do Dnocs no RN nega participação com fraudes e desvios. Departamento de Obras Contra as Secas foi citado em investigação da PF. Operação Itaretama apura fraudes em licitações e desvio de recursos no RN

OPERAÇÃO
Do G1 RN
Cerca de 30 policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão em Natal (Foto: Divulgação/PF) 
Cerca de 30 policiais federais cumpriram sete
mandados de busca (Foto: Divulgação/PF)
 
A coordenação estadual do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) emitiu nota negando ter conhecimento sobre os desvios recursos públicos e fraudes em licitações investigados pela Operação Itaretama, da Polícia Federal, que cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Natal nesta terça-feira (27). Em nota enviada ao G1, o Dnocs que passou por um "intenso trabalho de fiscalização e auditoria" nos últimos dois anos e que "repudia qualquer tipo de ato lícito".

Na nota, a coordenação estadual do Dnocs informa que é constantemente auditada pela Controladoria Geral da União no Rio Grande do Norte e tem as contratações analisadas pela Advocacia Geral da União. "Não existe nenhuma acusação contra nenhum servidor. Apenas suspeitas sobre 2 contratações emergenciais de combate à seca, que foram feitas entre 2013 e 2014 e foram intensamente fiscalizadas", diz a nota

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) também afirmou não ter envolvimento com fraudes em licitações ou desvio de recursos públicos, conforme aponta investigação feita pela Polícia Federal no estado.


Operação Itaretama
 
A Operação Itaretama foi deflagrada na manhã desta terça-feira (27) como resultado de uma investigação realizada pela Polícia Federal. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Natal. Segundo a própria PF, há indícios de desvio de recursos públicos e fraudes em licitações feitas por prefeituras do interior potiguar e na Caern, assim como também porssíveis direcionamentos de obras promovidas pelo Dnocs.


Ainda de acordo com a PF, as investigações foram iniciadas no primeiro semestre de 2014, revelando que “servidores do Dnocs mantinham estreito relacionamento com empresários do setor de engenharia, fazendo com que contratações tenham sido direcionadas e licitações indevidamente dispensadas ou fraudadas”.

De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal, as suspeitas recaem, principalmente, sobre as obras de construção de açude no Assentamento 3 de Agosto (Pau de Leite), da adutora de Jucuri, em Mossoró, e na adutora de engate rápido de Jucurutu, ambas situadas na região Oeste potiguar.

“Há indícios de que as obras não foram devidamente fiscalizadas durante sua execução, com prejuízo ao erário público e, também, há fortes suspeitas de corrupção ativa e passiva. Paralelamente, parte do grupo investigado estaria combinando propostas de licitações em prefeituras do RN e na Caern”, informou a PF.
Cerca de 30 policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão.

O nome da operação significa 'região de pedras' e, no passado, foi a denominação do município de Lajes, local onde foi construída a primeira das obras sob suspeita.

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