sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Erosão marítima atinge o calçadão da praia da Redinha e causa preocupação. Na Rua Francisco Ivo, erosão levou parte da via e quiosques funcionam com risco iminente de desabamento

DESTRUIÇÃO

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Os problemas de erosão marítima em Natal não se restringem apenas aos calçadões das praias de Ponta Negra e da Praia do Meio. Na tradicional praia da Redinha, zona Norte da cidade, o problema acontece e volta a preocupar a população. No final da Rua Francisco Ivo, próximo ao Mercado da Redinha, a erosão levou parte da rua. Nem mesmo a barreira de contenção formada por rochas foi suficiente para impedir a ação do mar sobre o calçamento. Para piorar ainda mais a situação, o mar também está atingindo a base de um dos pilares da Ponte Newton Navarro, onde já é possível identificar grande fuga de material.

A menos de três metros de distância da cratera, um quiosque ainda funciona, com risco iminente de desabamento. Na manhã de ontem, (29) não havia nenhum funcionário no local, mas já é possível identificar rachaduras no chão próximo ao quiosque.

Jonas da Silva trabalha em restaurante localizado na Rua Francisco Ivo, de frente a praia da Redinha. A distância entre o restaurante e o mar é de aproximadamente 30 metros, mas já preocupa o proprietário do estabelecimento. Jonas conta que a cratera formada no final da rua também assusta os clientes, que tem que a ação do mar possa novos prejuízos.

“Não sabemos o que fazer e a quem recorrer, pois já acionamos a prefeitura e a Defesa cCvil, mas ninguém faz nada. Ainda bem que as marés altas já passaram e a nossa esperança é que, antes das próximas marés altas, alguém faça alguma coisa. O clima é de tensão e não conseguimos trabalhar direito. Não dá para esquecer, porque o problema está na nossa frente”, ressalta o comerciante, que também mora na Redinha.

O pescador Genildo dos Santos trabalha na praia da Redinha há mais de 30 anos. Ele mora em uma colônia de pescadores próxima a praia e presenciou, nos últimos anos, o avanço do mar e as construções irregulares sendo levadas pela ação do mar. No entanto, o nativo acredita que o homem é culpado e teme que o mar “pegue de volta o que é seu”.

“Aqui ninguém tem do que reclamar, pois o homem quem está errado. Construiu casas, calçadas e restaurantes onde não devia e agora tem que arcar com a conseqüências. Não vejo perigo algum. O homem quem tem que sair”, afirma o pescador Genildo dos Santos.

A reportagem d’O Jornal de Hoje tentou entrar em contato com o secretário Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semov), Tomaz Neto, e o secretário de Preservação da Semov, Valter Fernandes, mas nenhum deles atendeu às ligações.

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