LEMBRANÇAS AMARGAS
A recomendação feita pela Comissão Nacional da Verdade em seu
relatório final, para que o Estado brasileiro mude os nomes de
logradouros públicos que homenageiam personalidades ligadas à ditadura
militar, já estimulam ações políticas e judiciais pelo País. Discussões e
campanhas para alterações nesse sentido começam a surgir no Ceará, Rio e
São Paulo, assim como as subsequentes polêmicas sobre os efeitos dessas
medidas.
Já está em curso na internet uma campanha para um abaixo-assinado
pela mudança do nome do Mausoléu Castelo Branco, em Fortaleza. Se o
movimento for bem-sucedido, o nome do cearense que comandou o primeiro
governo militar, a partir de 1964, será substituído por Frei Tito
frade dominicano preso e torturado por agentes da repressão política na
ditadura. Segundo o autor da proposta, o professor de literatura Marcio
Seligman, da Unicamp, a mudança se destina a robustecer a “cultura
democrática” no País.
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