quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

"É preciso pensar em políticas públicas de mobilidade", alerta Kelps. Deputado estadual criticou a falta de incentivo do poder público em campanhas educativas.

KELPS
Gerlane Lima/Nominuto
“Nosso cotidiano não vemos cadeirantes porque não tem um quarteirão com a calçada completa”, lembra Kelps. 
 
A falta de conscientização dos motoristas do Rio Grande do Norte em relação ao uso das calçadas motivou o deputado estadual Kelps Lima (SDD) a iniciar uma campanha que alerta a população sobre mobilidade urbana. Em entrevista ao Jornal 96, Kelps falou sobre os detalhes da campanha. 

“O pedestre não usa a calcada porque é impedido por algum obstáculo que vai desde o carro, a construções mal elaboradas para quem usa a calçada. É preciso pensar em políticas públicas para a mobilidade de pessoas, principalmente cadeirantes, grávidas, pessoas com crianças pequenas, idosos e as pessoas que temporariamente estão com baixa mobilidade”, destaca. 

O deputado lembrou que em Natal não é possível ver os cadeirantes porque as calçadas impedem o deslocamento deles e a acessibilidade é dificultada em vários pontos da cidade. “Nosso cotidiano não vemos cadeirantes porque não tem um quarteirão com a calçada completa”, lembra. 

Durante a entrevista, Kelps criticou a falta de incentivo do poder público em campanhas educativas. “Queremos provocar o pode público para fazer mais campanhas educativas e superar os números negativos do trânsito. Hoje 70% das internações do hospital Walfredo Gurgel são provocadas por acidentes de trânsito”, justifica. 

O tema mobilidade urbana foi lembrado por Kelps que foi secretário Municipal de Mobilidade Urbana e responsável pela maioria dos projetos da Copa do Mundo. “Natal recebeu R$ 24 milhões para as obras de mobilidade da Copa e temos até o dia 31 de dezembro para o disciplinamento urbano”, comenta. 

O parlamentar disse que considera a “pior possível” a atual política da gestão municipal relativa à mobilidade urbana e aos estacionamentos: “Os motoristas de nossa cidade estão entregues à própria sorte na hora de estacionar o seu veículo”, disse, destacando que o comércio das áreas mais adensadas vem sofrendo prejuízo constante porque as pessoas desistem das compras por não encontrar vagas para estacionar.

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