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Com 267 votos, Eduardo Cunha (PMDB) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados. Arlindo Chinaglia (PT) teve 136 votos contra 100 de Júlio Delgado (PSB) e oito de Chico Alencar (PSOL). Dois deputados votaram em branco.
A candidatura do deputado foi marcada por um embate feroz contra o governo federal, que defendia o petista Arlindo Chinaglia. Apesar de integrar a base de apoio do governo, Eduardo Cunha é conhecido por sua posição “independente” em relação ao Palácio do Planalto.
Em discurso antes da votação, ele defendeu a independência da Câmara com relação ao Executivo. “É bom para a sociedade e para o parlamento que esse poder seja distribuído”, afirmou.”Ter a independência da Casa, muito mais do que palavra, é questão de atitude. Ninguém vai ver eu me curvar a qualquer coisa que não seja a vontade da maioria dessa Casa”.
Sua gestão não será “nem de oposição nem de submissão”, costuma dizer o deputado. À Agência Câmara, Cunha afirmou defender “o direito de governabilidade”, mas também “o direito da oposição para fazer o seu papel de debate”.
Ele foi eleito com o maior bloco de apoio da disputa. Ao todo, 14 legendas declararam apoio ao candidato: PMDB, PP, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PEN, PRTB, PSDC, PRP, PMN e PTN.
Eduardo Cunha foi líder do PMDB em 2013 e 2014. Integrante da igreja Sara Nossa Terra, é um dos expoentes da bancada evangélica.
Também foi um dos principais articuladores do chamado “blocão”, grupo informal integrado por parlamentares da base descontentes com o governo.
Radialista e economista, Cunha começou na política como deputado estadual no Rio de Janeiro em 2001, pelo PPB. Em 2002, foi eleito deputado federal pelo mesmo partido. Em seguida, Cunha se transferiu para o PMDB, partido pelo qual foi eleito outras três vezes deputado federal.
Nas eleições de 2014, ele foi o terceiro deputado mais votado do Rio de Janeiro e o mais votado do PMDB em todo o País, com 232.708 votos.
Dentre as bandeiras defendidas pelo deputado em sua campanha para a presidência estão: imediata apreciação das reformas política e tributária, compromisso com a independência do Legislativo e subsídios para os deputados equivalentes aos recebidos pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Fonte: Exame
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