LÍDER DO PT
A perda de espaços estratégicos dentro da Câmara dos Deputados foi considerada por parte de integrantes do PT como um “impacto muito duro” na intenção do partido de manter o ritmo das atividades na Casa. O PT é o partido com a maior bancada de deputados, mas com a criação dos blocos que irão disputar o comando da Casa, a legenda conseguiu forma um grupo com 160 representantes, 58 a menos do que o formado pelo PMDB, que angariou o maior número de parlamentares (218).
Com esses dados em mãos, o atual líder do PT na Câmara, Vicentinho
(SP), considerou que o partido deverá conviver com a nova realidade
imposta pelo racha da base aliada ocorrida em razão da disputa da
presidência da Câmara marcada para hoje.
“Vejo com tristeza esse retrato porque aconteceram essas
ramificações entorno dos blocos e eles conseguiram fazer um bloco maior e
a consequência disso é eles terem preferência nas primeiras
indicações”, afirmou o petista.
Entre as comissões que devem sair das mãos dos petistas está a de
Constituição e Justiça e a de Finanças. Pela primeira passam, quase que
obrigatoriamente, todas as propostas que tramitam na Casa, além de
possíveis processos de cassação de parlamentares, antes de seguirem para
o Plenário. Já no caso de Finanças, o colegiado é responsável por
apresentar pareceres sobre a adequação financeira e orçamentária das
proposições.
“É um impacto muito ruim. Por isso que falo que minha reação é de
tristeza. Um impacto muito duro, ruim, mas temos que atuar de acordo com
a realidade que existe. O PMDB conseguiu fazer um bloco maior do que o
nosso. Quando a gente conseguia a gente escolhia e pela primeira vez
isso aconteceu. Vamos ter que conviver com essa realidade”, ressaltou o
líder do PT. “Ficou ruim”, resumiu o deputado Paulo Teixeira (SP).
De acordo com a ordem de escolha da presidências das Comissões, o
partido ficará com a quarta escolha. Em razão de ter feito um acordo na
formação do bloco para a presidência da Câmara, os petistas poderão
ceder a vaga para o maior partido do grupo que é o PSD, na sequência
viria o PR e o PROS. Dessa forma, os petistas seriam empurrados para a
presidência de comissões ainda menos relevantes dentro da Casa.
Segundo Vicentinho, essa questão da presidência dos colegiados
ainda não foi definida internamente e deve ser alvo de novos debates nas
próximas semanas quando os partidos indicam os nomes para comporem as
comissões. “Em relação à Mesa Diretora estamos indicando outros partidos
para compô-la como o PROS, PSD e PR, em razão do acordo feito. Mas não
posso falar ainda das comissões porque não deliberamos sobre isso”,
disse o petista.
Fonte: ISTOÉ
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